A câmara municipal mantém trancada a pauta de votações de projetos da prefeitura. Há duas sessões ordinárias não são votados assuntos enviados pelo Executivo e cerca de 10 proposituras estariam esperando votação. "Estamos conversando com os vereadores da bancada para avaliar quando retomaremos as votações", disse, hoje, o presidente Chagas Abrantes. "Não tem nenhum projeto em atraso. A maioria está nas comissões. Mas, regimentalmente, nada tem atraso. Vamos continuar conversando com a prefeitura e os vereadores em busca de consenso sobre a área para o IFMT (Instituto Federal de Educação) que causou está decisão da bancada", apontou, em entrevista ao Só Notícias.
O presidente da câmara deixou claro que discorda da decisão da prefeitura em mudar de local para construir o campus do IFMT. A bancada de oposição, formada por 8 (dos 10) vereadores tem posicionamento semelhante e resolveu retardar as votações na tentativa de evitar a mudança. "Discordamos do novo local. O terreno nesta nova área fica a 6 km da cidade e no momento, não tem infraestrutura", apontou. "Houve compromisso anterior de instalar o IFMT no Vila Romana que é melhor localizado", apontou.
O prefeito Chicão Bedin reuniu-se com vereadores, semana passada, e explicou que o município "sairá ganhando com a nova área" porque ganhará um terreno de 4,72 ha situada no Bairro Rota do Sol. "Nós, quando assinamos o protocolo de intenções, só tínhamos aquela área próxima ao cemitério. Mas, com a doação desses empresários, obtivemos uma área, totalmente de graça e que possibilita doarmos para o IFMT e ainda preservarmos aquela área pública do Vila Romana (doada pela colonizadora), permitindo que, no futuro, o município possa utilizá-la para instalação de áreas de vivência ou grande e bela praça", disse Chicão, após o encontro com os parlamentares de oposição.