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Câmara de Sorriso aprova moção de repúdio ao prefeito

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O não cumprimento do Termo de Compromisso assinado pelo prefeito Chicão Bedin se comprometendo a doar um terreno no Loteamento Vila Romana para construção do campus do IFMT em Sorriso levou alguns vereadores da bancada de oposição a aprovarem uma moção de repúdio ao chefe do Executivo. Além de não honrar com o compromisso, os parlamentares alegam, através da moção, que o prefeito não tem cumprido a Lei Orgânica do município e tem demonstrado desrespeito com a Câmara. "Ele vem agido com autoritarismo e prepotência. Não cumpre com os compromissos assumidos com os vereadores e com a sociedade. Além de todas as reclamações da população sobre o caos na saúde, o problema do lixo, a falta de transporte coletivo, de ônibus escolar, o prefeito não tem atendido as solicitações nem mesmo respondido os requerimentos aprovados por esta Casa de Leis, senão através do Ministério Público", alega o vereador Gerson Francio – Jaburu (PSB), autor da moção.

Segundo Jaburu, os parlamentares não estão tendo acesso às licitações, aos decretos e prestação de contas do Executivo para fiscalização. "Pediram-nos prazo para encaminharem as licitações, o prazo acabou e até agora não tivemos acesso a nada. Um prefeito que administra o município sem a participação dos vereadores é merecedor de uma moção como esta", acrescenta.
O líder de governo, vereador Vanzella (DEM) foi contrário ao repúdio e lamentou o fato, alegando prejuízo a imagem de Sorriso. "Quando não forem atendidas as solicitações sou a favor de que se faça justiça buscando o Ministério Público. Mas, precisamos ter bom senso e nos redimir quando necessário, pois colocamos o dedo nas feridas e não nos retratamos quando estamos errados. Sem contar que pomos em risco a imagem do município ao demonstrar o desrespeito entre os Poderes", diz.

A vereadora Jane Delalibera (PR) votou contra a moção. "Sou contrária, não pelo prefeito, mas pela população que votou nele. Se precisar podemos cassá-lo, pois o povo tem poder para isso e acredito que a sociedade foi sábia ao colocar nossa bancada de oito vereadores maciçamente votados", justifica.

O líder de oposição, vereador Leocir Faccio (PDT) também se posicionou contrário, mas lamentou a Câmara ter que buscar a justiça para resolver os impasses. "Quando chega nesse patamar é porque as coisas não estão funcionando como deveriam. Quando os poderes não cumprem com suas funções, a sociedade padece".

Os vereadores atribuem ao prefeito a responsabilidade pelo duelo criado entre a Câmara e o Executivo. "Com suas atitudes tem demonstrado incompetência para liderar uma instituição que deve sempre buscar um equilíbrio entre os Poderes e os interesses da sociedade", diz o autor da moção.

 

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