A comissão especial foi instalada, ontem à noite, através de ato discricionário do presidente da câmara, Mauro Garcia (PMDB). O vereadores irão apurar denúncias contra a administração da unidade hospitalar como a falta de pagamento dos salários dos servidores, fornecedores, acertos trabalhistas e do repasse dos vales alimentação.
Fazem parte desta comissão os vereadores Fernando Brandão (PR), Dalton Martin (PP), Fernando Assunção (PSDB), Júlio Dias (DEM), Carlos Hamilton Ribeiro Leite (PTB), Roberto Trevisan (PR) e Francisco Specian Júnior (PMDB). Os cargos de presidente e relator da comissão serão definidos amanhã, às 9h.
No dia 1º deste mês, profissionais do setor de limpeza paralisaram as atividades devido a falta de pagamento dos salários. As trabalhadoras alegavam que estavam há dois meses sem receber. O menor valor pago para o setor é de R$ 942 na carteira, R$ 165 de vale refeição e mais 20% de insalubridade. Na oportunidade, Só Notícias entrou em contato com a administração do hospital e houve a informação de que o pagamento seria realizado em breve.
Conforme Só Notícias já informou, a Fundação de Saúde Comunitária reassumiu a gestão do Hospital Regional em fevereiro deste ano. A unidade estava sobre intervenção do governo desde novembro do ano passado. O governador Pedro Taques (PSDB) autorizou a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop a reassumir o contrato de gestão do Hospital, em janeiro. A justificativa para a medida é que, apesar das suspeitas de irregularidades que motivaram intervenção estadual em novembro de 2014, não foi instaurado procedimento administrativo para apurar as causas e definir as responsabilidades, “assegurados a ampla defesa e o contraditório”.
Outro lado – o administrador do Hospital Regional de Sinop, Wellington Randall, disse, ao Só Notícias, que é um direito dos vereadores realizarem este levantamento. “Acho interessante eles realizarem este acompanhamento. É um direto dos vereadores. Se eles acham que existe alguma irregularidade é interessante acompanharem. O hospital é voltado ao bem público e eles realmente têm que participar e fazer levantamento que acham necessário”.