Os vereadores acabam de aprovar, por unanimidade, projeto da mesa diretora da câmara, mantendo 15 vagas para a próxima legislatura que começa em janeiro. Agora, a decisão será encaminhada à justiça eleitoral para preparar as eleições municipais, em outubro. A Constituição prevê que o número de vereadores aumenta de acordo com o crescimento populacional e, com base nesta definição, Sinop poderia criar mais 4 vagas de vereadores. A decisão de manter a composição atual atendeu também pedido da sociedade organizada que, há alguns meses, através de entidades, entregou manifesto contrário a ampliação para não aumentar os gastos no legislativo.
O vereador Julio Dias (DEM) disse, em pronunciamento na tribuna, que "aumentando o número de vereadores estaremos prejudicando os moradores" e que as entidades "deixaram claro" posicionamento da sociedade "quanto a redução de custos (financeiros) na câmara".
Fernando Assunção (PSDB) disse que a decisão dos vereadores foi por atender "as manifestações dos moradores, da sociedade civil organizada" e que mantendo a composição atual de 15 vereadores a câmara expõe um "gesto de reconquistar a confiança dos moradores".
Ademir Bortoli, líder do prefeito na câmara, disse que foi uma "decisão tranquila" dos vereadores. "A casa está sempre favorável na defesa da população".
Havia estimativa financeira que, se fossem criadas 4 vagas, só com subsídio do vereador e a verba indenizatória seriam gastos a mais R$ 624 mil/ano. Cada vereador tem subsídio de aproximadamente R$ 8 mil (bruto) e a verba indenizatória é R$ 5 mil. As despesas seriam ainda maiores porque cada vereador tem direito a 3 assessores (a faixa salarial vai de R$ 1,4 mil a R$ 1,8 mil, sem benefícios) e também não é calculado gasto com celular. Pesquisa Real Dados/Só Notícias feita, em maio, apontou que 87% dos sinopenses são contrários criar mais vagas de vereadores.