A câmara realiza, neste momento, a sessão que pode culminar com a cassação do mandato do vereador João Emanuel (PSD), por quebra de decoro parlamentar. A votação começa em instantes.
O relator da comissão de ética, Ricardo Saad, fez a leitura do parecer que pede a perda de mandato e mencionou que Emanuel deu aulas de como fraudar licitações, referindo-se as investigações do GAECO e vídeo gravado onde ele aparece negociando, com uma empresária, fraude em processo licitatório de materiais gráficos e sugerindo que o dinheiro seria rateado entre vereadores.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Faissal Calil, leu parecer pedindo a cassação e garantiu que Emanuel teve acesso ao inteiro teor do vídeo e amplo direito à defesa.
Os advogados Rodrigo Cyrineu e Lázaro Lima fizeram a defesa. Cyrineu pediu, há instantes, que a sessão fosse suspensa porque o julgado está de licença médica alegando que é "temerário" julgar Emanuel sem que ele esteja em plenário para se defender. Não foi atendido. Ele reafirmou que o vereador não teve prazo adequado para fazer sua defesa, não foi ouvido pela comissão. Também apontou ainda que o vídeo foi editado.
O vídeo foi apresentado em plenário como prova para que os vereadores avaliem seu conteúdo.
No início da sessão, a mesa diretora havia negado pedido bem como a solicitação de suspeição aos vereadores Toninho de Souza e Julio Pinheiro, que poderão votar no processo de cassação. A defesa de Emanuel tentava impedir que eles votassem. Toninho, que presidiu a comissão de ética, negou ter antecipado voto e disse não é inimigo nem amigo de Emanuel.
(Atualizada às 12:11h)