A câmara da capital acaba de cassar o mandato do vereador Marcos Paccola, pelo assassinato do agente prisional Alexandre Miyagawa, que levou 3 tiros, em uma avenida, no bairro Quilombo, em Cuiabá. 13 vereadores votaram pela cassação, 5 foram contrários a perda do mandato, dois não votaram e houve 5 ausências. O parecer da Comissão de Ética foi pela perda do mandato, assim como da Comissão de Constituição e Justiça. A sessão durou mais de 4 horas.
Durante o julgamento, Paccola, que é tenente coronel na PM, fez sua defesa, se dirigiu aos familiares de Alexandre dizendo que não se sentiu feliz ou satisfeito com o ocorrido e citou responsabilidade da viúva. “Uma pessoa que deveria estar passando por tudo isso e que não está, não foi ouvido pela própria comissão de ética, que foi quem influenciou tudo, tenho certeza que esta convicção é de todos os lados, tanto da família, quanto das pessoas que me acompanham e de cada um dos senhores e da ex-convivente do Alexandre, que acabou levando ele a este final trágico”, declarou.
A Gazeta Digital informa que a mãe de Alexandre, Hélia Miyagawa, declarou à imprensa que espera por Justiça. Ela disse que seu filho era inocente e Paccola feriu toda a sua família com o que fez. “Estou esperando a Justiça resolver, assim na Justiça dos homens, mas também a Justiça de Deus, porque ele estragou a vida da família todinha. Todo mundo ajudou a criar ele [Alexandre]. Eu espero, tenho fé em Deus [que será cassado]. Com fé em Deus que vai ter solução. Quero Justiça, matou meu filho inocente, não estava fazendo nada”.
Paccola se tornou réu pelo juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miraglia, que acolheu denúncia do Ministério Público, por homicídio qualificado.
O suplente Felipe Correa (Cidadania) deve exercer o mandato até o final da legislatura, em dezembro de 2024.
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