Num pronunciamento duro e baseado em dados coletados nos relatórios financeiros e informações prestadas pela Secretaria de Finanças através da imprensa, o presidente da Câmara Municipal, Luiz Carlos de Queiroz denunciou ontem que está havendo má fé por parte de integrantes do Executivo Municipal na questão de repasses do duodécimo. Queiroz, último a utilizar a Tribuna da Casa de Leis detalhou o que aconteceu e disse que buscou conselhos de ex-presidentes, companheiros de bancada e assessores para denunciar o que chegou a tratar como patifaria.
Segundo Queiroz, existem provas de que a Prefeitura usou de má fé para com a Câmara. O caso está sendo tratado na justiça. Estão em débito os duodécimos de janeiro e fevereiro. Em entrevista, o secretário de Finanças Julio Giacomin anunciou, no início de janeiro, que a Prefeitura estava liquidando os débitos referentes a 2005.
“Quando nos mandaram o último repasse de R$ 62 mil, nós jamais poderíamos imaginar que a Prefeitura estava tentando dar um calote na Câmara, porque esse valor era pra pagar o que eles deviam no ano de 2005”, explicou Queiroz, destacando que ainda ontem estaria encaminhando a documentação a todos os vereadores. “Mas fica confirmado essa má fé de alguns funcionários da Prefeitura. Esse tipo de pessoa não poderia ocupar o cargo e pode estar prejudicando a administração municipal”.
Luiz Carlos deverá estar se reunindo na próxima segunda-feira com os vereadores e acionando a comissão de ética, em razão do tratamento dispensado pela Administração Municipal.
O presidente também aguarda o posicionamento da justiça quanto à liminar que obriga a prefeitura a repassar o duodécimo até o dia 20 de cada mês. “Mas isso ainda não aconteceu”, lamenta Luiz Carlos.