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Cabo da PM escondeu aparelho usado para fazer grampos ilegais em Mato Grosso, aponta depoimento

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O cabo da Polícia Militar, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, recolheu e escondeu o equipamento Sentinela, usado pelos policiais do ‘Núcleo de Inteligência’ para grampear clandestinamente números telefônicos em Mato Grosso. A informação consta em depoimento de um empresário que é acusado de desenvolver e participar do esquema de interceptações telefônicas clandestinas em Mato Grosso. Segundo ele, o cabo Gerson buscou os equipamentos usados para grampear telefones antes de ser preso em julho. A Justiça agora busca encontrar os aparelhos usados na denominada “grampolândia pantaneira”.

O empresário, que estava preso desde o último dia 27 de setembro em decorrência da Operação Esdras, foi soltou ontem por ordem do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri. A soltura atendeu um pedido da delegada da Polícia Civil, Ana Cristina Feldner, responsável pelo inquérito dos grampos ilegais no âmbito do TJ. Isto porque ele tem colaborado com as investigações do esquema que teria vitimado centenas de pessoas entre políticos, jornalistas e membros do Judiciário.

Além disso, o empresário teria retirado o rack do Sistema Sentinela, que gravou todas as ligações interceptadas. O paradeiro do aparelho, até o presente momento, é desconhecido e havia fortes indícios de estivesse sob sua responsabilidade. Mas, em depoimento, ele apontou que o cabo Gerson fez a retirada da aparelhagem de sua loja. ‘Não bastassem tais fatos, a autoridade policial relatou que há indícios de que o empresário teria frequentado a Secretaria de Estado de Segurança Pública, o que evidencia sua provável ligação com o grupo criminoso’, diz trecho da decisão que levou ele à prisão.

Perri afirmou no pedido de prisão que o sistema pode estar funcionando ainda e se baseou em um relatório de informações fornecido por uma operadora de telefônica. De acordo com ele, “o Sistema Sentinela (utilizado para prática dos grampos ilegais) até o momento não foi apreendido, havendo mesmo alta probabilidade de estar, em algum canto, operando “a pleno vapor”, uma vez que seu acesso é remoto”.

Foi determinado que o empresário está proibido de manter qualquer tipo de contato com testemunhas, réus ou com outros investigados, incluindo ex-secretários, bem como de acessar ou frequentar órgãos públicos atuantes na área de inteligência.

Apesar da soltura, Perri destacou ainda que nada impede nova prisão do empresário caso o depoimento prestado não se confirme. “Por óbvio que tal conclusão poderá ser novamente modificada, caso advenham aos autos novos elementos a evidenciar que o suspeito esteja faltando com a verdade, ou omitindo informações relevantes para o deslinde das investigações”, diz trecho da decisão.

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