O diretor de infraestrutura da Agência Executora de Obras da Copa do Mundo de Futebol – Fifa 2014 (Agecopa), Carlos Brito, esteve ontem reunido com deputados estaduais discutindo a crise de relação vivida entre ele e o presidente da instituição, Éder Moraes. Ele preferiu se manter como nos últimos dias, sem tecer comentários a respeito dos constantes pedidos formulados pelo seu desligamento da Agecopa.
Para os deputados, Carlos Brito disse que aguarda ser chamado pelo governador Silval Barbosa para dar suas versões dos fatos e pontuou que em nenhum momento teria se posicionado contra este ou aquele sistema, apenas demonstrou seu ponto de vista em relação às opções decididas de forma unitária e não colegiada como deveria funcionar na Agecopa.
O presidente da Assembleia, José Riva (PP), reafirmou sua posição de que com truculência quem perde é somente o governo do Estado e Mato Grosso. “Falei e reafirmei para o governador Silval Barbosa meu entendimento de que posições divergentes são importantes para que o Estado possa fazer a melhor opção pelo modelo de transportes que ao meu ver é o VLT”, disse Riva.
O governador, que se encontra em viagem oficial e hoje estará em Brasília para tentar em definitivo mudar a matriz de responsabilidade para o VLT, assinalou que somente quando retornar na sexta-feira retomará as conversas com a direção da Agecopa. “Acho que o momento é de nos concentrarmos nas prioridades em busca de definir nossa atuação e o que é melhor para Mato Grosso e sua gente”, disse o governador, pedindo que os diretores tenham em mente seu importante papel perante a sociedade e o Estado.
Nos bastidores, o Palácio Paiaguás pondera qual é a situação de menor prejuízo para o governo Silval Barbosa, já que a crise está instalada entre ambos os diretores e já ganhou as ruas. Não estaria descartada a possibilidade tanto de haver troca na diretoria como a permanência da atual estrutura, contornando os desentendimentos.