“Em momento algum disse que iria deixar a Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Não é porque um filho meu cometeu um ato ilícito que eu me vejo na obrigação de pedir demissão do cargo. Só saio se for de interesse do governador”. A declaração foi dada pelo titular da secretaria de Justiça e Segurança Pública Carlos Brito ao desmentir boatos infundados que confirmavam sua saída da pasta.
Tranqüilo, Carlos Brito atendeu ao 24 Horas News na manhã desta segunda-feira e disse que em momento algum se viu na obrigação de entregar o cargo por seu filho N.G.S, de 16 anos, ter se envolvido no assassinato de um jovem no bairro Nossa Senhora Aparecida no mês passado. “Fiquei triste sim com o que ele fez. Mas tão logo fiquei sabendo do caso acionei a Polícia Civil e levei meu filho até a delegacia. Fui e estou sendo transparente em todos os sentidos neste caso. Em momento algum me deixei levar pelo lado paternal. Se cometeu um crime tem de pagar pelo ato que fez. Portanto, tenho absoluta certeza que estou cumprindo meu papel como pai e como homem público que prega o fim da violência e justiça”, declarou o secretário.
Carlos Brito ressaltou ainda que em momento algum se sentiu deprimido com o que aconteceu. “Não existe isso. É lógico que fiquei sensibilizado. Como pai não posso aceitar uma coisa destas e isso machuca um pouco. Mas daí a estar deprimido vai um longo caminho”, disse ao refutar as informações de que iria entregar o cargo ao governador Blairo Maggi nesta semana por não estar se sentindo bem com o que aconteceu com seu filho. “Isso é uma coisa que nós pais não podemos controlar. Damos a melhor educação possível, orientamos, pedimos para evitar as más companhias, mas não temos como controlá-los por 24 horas, ainda mais quanto este filho não mora com a gente. Portanto, me sinto tranqüilo com tudo isso. Além disso, tenho absoluta certeza que estamos no caminho certo, fazendo um bom trabalho para diminuir os índices de violência em Mato Grosso e, principalmente em Cuiabá”, argumentou, concluindo que tem o apoio da sociedade mato-grossense para continuar com o seu trabalho e de sua família que neste episódio todo vem mostrando uma grande solidariedade.
O secretário classificou a notícia de que pretende deixar o cargo como plantação de um grupo que nada mais quer do que ver o caos instalado em Mato Grosso e afirmou que isso não vai acontecer. “Vamos continuar trabalhando e sério”. (Colaborou Rubens de Souza)