O nome do senador Blairo Maggi (PR) voltou a ser cogitado para assumir o comando do Ministério dos Transportes, no lugar do atual ministro Paulo Sérgio Passos, que também é do PR. Em entrevista ao Só Notícias, Blairo confirmou que seu nome foi relembrado neste momento, mas que mantém a posição de não aceitar. A razão principal é a mesma quando recusou o convite anterior (quando Alfreo Nascimento saiu) que suas empresas têm ligações comerciais com o governo federal e algumas delas estão diretamente ligadas ao setor de influência do Ministério dos Transportes.
Ele acredita que assumindo o comando do ministério poderá haver um desgaste tanto da parte dele, quanto trazer problemas futuros para o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele teme que no comando do ministério, adversários políticos possam começar a fazer ligações e o acusar de usar o cargo em benefício próprio. Para evitar este tipo de desgaste desnecessário, ele prefere não aceitar o posto.
Todavia, ele disse que o partido não abre mão de indicar um novo nome, de consenso entre toda a cúpula do partido. Maggi ressaltou que a pretensão do partido é voltar ao comando do Ministério dos Transportes e não um outro ministério. Ele disse voltar, pois o atual ministro, por mais que seja do PR, não é considerado uma indicação propriamente do partido e, sim, uma escolha pessoal da própria Dilma. “Nós não tivemos a opção de escolher um substituto. Esta é a nossa pretensão para voltar a base da presidente”, ressaltou ao Só Notícias.
Assim que a presidente tomou posse, o senador republicano Alfredo Nascimento foi nomeado ministro dos Transportes. Ele caiu do cargo após uma série de denúncias de corrupção, em meados do ano passado. O indicado de Maggi no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR), também não resistiu e teve que deixar o cargo. Após este fato, o senador foi cotado e convidado a assumir, mas recusou.