O senador Blairo Maggi (PR) deve ficar fora do pleito eleitoral deste ano, não só como candidato, mas também nas articulações do grupo. O presidente do PR, Wellington Fagundes, disse que ele ficará de fora das conversações de forma direta, atuando apenas nos bastidores e o que for deliberado nas reuniões com os partidos que compõem o bloco de situação, serão transmitidos para Blairo. “Ele não participará pessoalmente das reuniões, mas tudo que o PR discutir será passado a ele”, disse o parlamentar, que deve disputar vaga no Senado.
Nesta segunda-feira, o PR deve afunilar as discussões e indicar o nome que defende ao governo. A reunião é com presidentes de cada partido, pré-candidato e lideranças que já possuem mandato.
Blairo declarou que vai se aposentar em 2018, após ser confirmado que ele é investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na operação Ararath – caso dos empréstimos fraudulentos que teriam sido feitos no seu governo, e no de Silval, operados pelo ex-secretário Eder Moraes e o empresário Junior Mendonça, com repasse de dinheiro sendo feito para políticos, empresas, alguns órgãos de imprensa, compra de vaga no Tribunal de Contas e outras finalidades. O STF negou pedido de busca e apreensão de documentos na casa de Blairo, que estava viajando a Europa quando a operação foi feita, mês passado, em Cuiabá.
Alguns aliados ainda estavam esperançosos, antes da operação, que Blairo disputasse o governo pela terceira vez. Antes de se licenciar do Senado, ele afirmou que não seria candidato, mas estava sendo pressionado pelo grupo para disputar, considerando que estava liderando as pesquisas de intenções de votos.
Com Blairo fora da disputa, o PR deve emplacar Welington como candidato a senador e falta definir quem será o candidato ao governo. O vice-governador, Chico Daltro (PSD), o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o ex-juiz JUlier da Silva (PMDB) são os pré-candidatos.