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Blairo pede, Moraes se explica e deputados engavetam pedido para criar CPI

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A criação da CPI da MT Fomento, na Assembléia Legislativa, ficou só no papel e nos discursos. Em menos de 6 horas, duas ações colocaram por água abaixo a tentativa de criar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na concessão de empréstimos da agência estadual para empresas. Primeiro, o governador Blairo Maggi reuniu-se, à tarde, com deputados e pediu para não criar a CPI e que as dúvidas poderiam ser esclarecidas. No início da noite, o presidente da MT Fomento, Eder Moraes, foi à Assembléia ser sabatinado, por cerca de duas horas e meia. Os deputados se deram por satisfeitos das explicações e ficou por isso mesmo.

Moraes disse que a agência fez “apenas um empréstimo de valor superior a R$ 1 milhão e o maior empréstimo hoje é de R$ 300 mil. É preciso lembrar também que, como sócio majoritário, o governo assegura o retorno deste capital”. De acordo com Taques, a derrubada na Assembléia do veto do Executivo à emenda de autoria do ex-deputado Zeca D´Ávila (PFL) em 2006 – que direciona os empréstimos apenas via organizações formais – , segundo Éder, foi um dos grandes responsáveis pelo prejuízo que se acumula em R$ 2,2 milhões. “Nosso foco era a pessoa física, que ficou prejudicada com a emenda. Mesmo não havendo especificações claras na emenda, o nosso alvo sempre foi dona de casa, o pai de família, que agora não utiliza mais as operações via agência”, declarou. Mas o deputado Zé Carlos do Pátio (PMDB) fez a leitura da emenda do ex-parlamentar D´Ávila destacando que o texto não exige a formatação de pessoa jurídica para contratação de crédito.

O deputado e apresentador de tv Walter Rabello (PMDB) que havia feito discursos inflamados e chegou a colher 7 assinaturas de deputados para investigar as operações da MT Fomento, ouviu as explicações de Moraes e cobrou que sejam suspensas propagandas da agência que mencionem seu nome. Taques era pré-candidato a prefeito de Cuiabá, tinha um programa na tv pago pela MT Fomento, o que irritou Rabello, que também pretende disputar a prefeitura da capital.

As explicações de Eder Moraes, o pedido de Blairo e a garantia que o presidente da MT Fomento não é candidato resultaram no engavetamento do pedido da CPI.

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