Uma estratégia costurada longe dos holofotes da imprensa poderá viabilizar a candidatura do senador Blairo Maggi (PR) ao governo nas eleições de 2014. Maggi tem mantido entendimentos prévios para construir um ‘grupo novo” para o pleito geral. A ideia leva em análise eventuais adversários, como o senador Pedro Taques (PDT) e ainda o PMDB, em conjecturas que apontam o nome do juiz federal Julier Sebastião da Silva para cabeça de chapa majoritária. Líderes do PSDB e do PP de Mato Grosso já deram início ao diálogo com Maggi, com chances promissoras de fechamento de aliança.
As informações, assegurada por fonte, abrem precedentes para reanálise do próprio PR sobre o projeto “oficial”. Como Maggi faz questão de frisar “que não é candidato ao governo em 2014”, a agremiação deu sequencia ao plano de lançar o presidente, deputado federal Wellington Fagundes, ao Senado.
Ocorre que Maggi não apenas avalia a chance de pleitear o comando do Estado, como está à frente de táticas políticas. As movimentações se focam sobre a perspectiva de Maggi ser posto como “via alternativa”, considerando os olhos centrados de Taques sobre o candidato do PMDB. O governador Silval Barbosa (PMDB) não teria definido seus planos para o próximo ano. Mas se ele ficar no comando do Estado até o fim do mandato, o projeto do partido recebe “força extra” em razão do peso da máquina pública.
Blairo, que realmente resistia a perspectiva de colocar seu nome na disputa, agora dá uma atenção especial à possibilidade. A mudança de ótica ocorre em razão dos pedidos insistentes e crescentes para que volte à chefia do Executivo de Mato Grosso. Na lista dos ‘torcedores” estão prefeitos ‘dos mais variados partidos”, inclusive dos que fazem parte da base aliada do governo, além do PR.
Em que pese negarem, o presidente estadual do PSDB, Nilson Leitão e o responsável pelo PP de Mato Grosso, deputado estadual Ezequiel Fonseca, já teriam discutido as novas vias como o senador Blairo Maggi. E pelo andar da carruagem, existe tendência de união de forças com o projeto do senador. Leitão está no centro do bloco da oposição, com participação do DEM de Jaime Campos e do PPS de Percival Muniz. As tratativas poderão dar ainda mais respaldo às estratégias encampadas pelo senador republicano.
Percival Muniz, por exemplo, conhecido pela astúcia política, também prepara “surpresas” para o próximo embate. Maggi deixou o governo do Estado, em março de 2010, para disputar o Senado, com cerca de 90% de aprovação de sua gestão, com variantes entre bom e regular.