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Blairo Maggi e Wilson acabam com “terceiro turno eleitoral”

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O chamado “terceiro turno” da eleição para prefeito em Cuiabá parece ter acabado. E as eleições de 2010 deverão ficar mesmo para 2010 – quando nada, para o final do ano que vem. Neste domingo, as duas situações políticas, que estavam gerando pesadas críticas de lado-a-lado, entre o governador Blairo Maggi e o prefeito Wilson Santos podem ter chegado ao fim. Foi no final da XXV Corrida de Reis, na Praça das Bandeiras. Governador e prefeito se encontraram e se cumprimentaram animadamente. Depois, decidiram agendar um encontro para discutir coisas de interesse de Cuiabá, em data ainda a ser definida.

Quebrando o gelo que permeou a relação dos dois políticos desde a campanha eleitoral do ano passado, o governador brincou com o prefeito, querendo saber se ele não tomou um táxi, a partir da Ponte Sérgio Motta, em Várzea Grande, para cumprir o restante do percurso da corrida. Santos, de sua parte, não deixou por menos: “Não, não. Larguei correndo e cá estou firme, entre os demais participantes”, respondeu. No dia anterior, Santos prometera vencer os quenianos na prova tradicional do calendário de atletismo de Mato Grosso.

O próximo encontro terá caráter oficial. Depois de ataques e provocações, Santos confirmou que estará visitando nesta segunda-feira o secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, com o objetivo de preparar uma agenda de discussão a ser travada posteriormente com o governador Blairo Maggi. Esse encontro, segundo adiantou o prefeito, deve ocorrer entre quinta e sexta-feira. “Vamos tirar as dúvidas, juntar forças e, com certeza, quem ganhará com esta audiência será Cuiabá” – comentou Santos, extenuado com a corrida.

Apesar do encaminhamento, Wilson Santos não deixou por menos: disse que a Capital de Mato Grosso necessita de pessoas que tenham por ela o máximo carinho e empenho, prevalecendo um conjunto de idéias e esforços que resultem em mais benefícios à população. “O que puder ser feito pela nossa cidade e município, nós faremos” – disse.

Maggi e Wilson sempre tiveram boas relações. Inclusive, no começo de sua caminhada política, o governador Blairo Maggi teve o próprio Wilson como aliado. O prefeito de Cuiabá, jovem brigador, encantara o pai de Maggi, o visionário André Maggi. Porém, acabaram caminhando para lados opostos: Santos se manteve sempre próximo e a maioria das vezes dentro do grupo liderado pelo então governador Dante de Oliveira. Maggi alçou outro rumo, se colocando na oposição e tomando do grupo de Dante o Governo do Estado. Ainda assim, os dois nunca tiveram problemas. Santos chegou à Prefeitura sem uma oposição mais dura do governador.

No ano passado, no entanto, a situação mudou. Maggi praticamente bancou politicamente o nome do amigo empresário Mauro Mendes para ser prefeito de Cuiabá. O projeto, esboçado na performance do governador em 2002, quando derrubou o favorito Antero de Barros, não vingou. Mesmo chegando ao segundo turno, Mendes foi presa fácil para Wilson Santos. Na busca de uma reação, Maggi e seu grupo jogaram pesado. Os movimentos do grupo do Palácio Paiaguás levaram Santos a reações. Após a eleição, atacou o governador, alegando que Maggi evitava recebê-lo. O escopo era uma audiência,solicitada há mais de seis meses pelo prefeito. Em Rondonópolis, base eleitoral de Maggi, Santos criticou a postura do governador ao se recusar a comparecer a posse do oposicionista José Carlos do Pátio.

As relações entre governador e prefeito azedaram de vez na discussão sobre os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Governo dispensou artilharia pesada contra Wilson, alertando para os riscos de Cuiabá perder os investimentos federais por causa da morosidade nos procedimentos, que precisavam ser refeitos várias vezes por orientação do Ministério Público – leia-se, indícios de irregularidades. As críticas feitas pelo secretário de Infra-Estrutura, Vilceu Marchetti, ecoaram nos ouvidos do prefeito, que, no contra-ataque, levantou suspeitas sobre a vida do auxiliar de Maggi. De seu turno, Marchetti foi mais longe e acusou o prefeito de entender apenas de “Rainha do Peladão”, concurso de beleza que se realiza paralela a competição esportiva varzeana.

O grupo de Santos chamava as ações políticas governamentais de “terceiro turno”, alegando um suposto revanchismo por parte do Palácio Paiaguás, que não estaria digerindo a derrota de Mauro Mendes. Da parte do Governo, no entanto, a questão do PAC e outros adjetivos com que Santos fora tratado eram vistos como uma postura de continuidade eleitoral, já visando as eleições de 2010 – Santos é, até aqui, ao lado do economista Luís Antônio Pagot, diretor-presidente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), virtual candidato a sucessão de Maggi. Com o encontro de hoje, uma coisa é certa: os ânimos pelo menos estão mais serenados.

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