Pré-agendada para a segunda quinzena de janeiro, a conversa entre o senador Blairo Maggi (PR) e a presidente Dilma Rousseff (PT) deve ser o pontapé inicial para que o PR comece a desenhar sua estratégia para as eleições no Estado. O partido, que inicialmente lançou a possibilidade da candidatura própria, com o ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, e depois aproximou-se do projeto encabeçado por Eraí Maggi (PP), agora anda estreitando os laços com o senador Pedro Taques (PDT), que pleiteia a sucessão do governador Silval Barbosa.
Segundo o presidente do diretório regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, que deve participar da reunião com Dilma, o encontro é fundamental para que a legenda possa definir seu rumo em Mato Grosso. Isso porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já teria conversado com Blairo várias vezes no sentido de que ele disputasse novamente o Governo.
Fagundes também relata que o líder do PR na Câmara dos Deputados, deputado federal Anthony Garotinho (RJ) afirmou que, em conversa com a presidente, ela disse que ainda tinha esperança que o senador mato-grossense pudesse ser candidato a governador.
A expectativa é de que o encontro ocorra a partir do dia 20, quando são retomados os trabalhos no Congresso Nacional. A reunião ainda deve levar em consideração o cenário político-eleitoral que se desenha em São Paulo, onde o PR pode vir a se coligar com o PP na disputa pelo Governo Paulista, indicando o candidato a vice-presidência.
Entre os nomes possíveis para a disputa, estaria em discussão a indicação para o comando de um Ministério, inclusive para Maggi. Às lideranças republicanas, o parlamentar mantém o discurso de que não deseja retornar ao Executivo Estadual por entender que esse não é melhor momento. Contudo, a indicação de seu nome para um ministério, inviabilizaria, no Estado, a coligação do PR com partidos de oposição ao governo federal.