Nem PMDB, nem PFL que o acompanha desde a campanha de 2002 como parceiro e muito menos o PR (Partido da República), que substituiu o PL (Partido Liberal), como chegou a ser cogitado durante toda a semana. O destino do governador Blairo Maggi (sem partido) continua incerto e misterioso.
O próprio governador admitiu que ainda não sabe qual será o seu destino, em encontro com a imprensa cuiabana, nesta quarta-feira. Diz ter uma terceira via, mas esconde toda e qualquer pista. Seus fiéis seguidores, entretanto, afirmam que o destino de Blairo poderá ser fundar um novo partido, mais forte, consolidado com lideranças políticas de todas as regiões do país e que estão descontentes em seus atuais quadros partidários.
Durante o encontro que manteve com a imprensa cuiabana nesta quinta-feira, Blairo Maggi fez questão de desmentir que está se filiando ao PR como chegou a ser divulgado durante toda a semana. Confirmou que chegou a anunciar seu ingresso, mas que atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu da idéia.
Seguidores diretos do governador disseram que Maggi só deverá definir seu destino na terça-feira que vem. Antes, na segunda-feira, estará em Brasília para mais um encontro com o presidente Lula. O encontro será, segundo estes fiéis escudeiros, para tratar exatamente sobre a questão partidária do governador que está sem partido desde sua saída do PPS em outubro do ano passado.
“O Blairo tem um encontro com o Lula na segunda-feira. Vai tratar com o presidente da possibilidade da criação de uma nova sigla partidária”, disse um de seus mais fiéis secretários. Este assessor, que tem acompanhado Maggi em suas seguidas viagem à Brasília disse que um grupo de deputados e senadores articulam a criação de uma nova sigla partidária. O problema é que para se criar um novo partido é preciso ter a assinataura de pelo menos 1,5 milhão de eleitores. “Isto não será problema. Só em Cuiabá vamos conseguir pelo menos 300 mil assinaturas. O restante será conquistado nos outros Estados da federação”, explicou o assessor blairista.
Outro assunto abordado pelo governador foi com relação a especulação de que seu secretário de Educação Luiz Antônio Pagot possa assumir a presidência do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura). Segundo o governador tudo não passa de especulações. Garantiu ainda que não está preparando remanejamentos no secretariado diante da possibilidade de Pagot assumir o Dnit. “Isso é pura especulação”, declarou, ao descartar remanejar o secretário de Saúde, Augustino Moro, para a Educação, enquanto que o deputado estadual Wallace Guimarães (PFL) passaria a administrar a Saúde.
O governador explicou que pensará no novo titular da Seduc só quando houver a oficialização da nomeação de Pagot. “Vamos aguardar”, frisou.