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Blairo faz apelo para que mato-grossenses respondam censo do IBGE

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O governador Blairo Maggi foi recenseado, na manhã de hoje, no Palácio Paiaguás
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que iniciam nesta semana, a coleta de dados para os censos deste ano.

Blairo Maggi respondeu hoje, em seu gabinete, no Palácio Paiaguás, ao questionário do censo 2007, durante visita do chefe da Unidade do IBGE em Mato Grosso, Devaldo Benedito de Souza. “Apelo para que as pessoas respondam corretamente, porque dessas respostas é que se têm parâmetros para aferir, por exemplo, o montante de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que cada município recebe”, afirmou Maggi.

O FPM é baseado no número de habitantes de cada cidade. Segundo o governador, tem prefeito que reclama que seu município tem uma população de 12 mil habitantes, mas ele recebe o FPM sobre seis mil habitantes, por exemplo.”Então agora é a hora dos ajustes”, comentou.

Blairo Maggi disse ainda que o governo estadual tem especial interesse nas informações colhidas no trabalho de recenseamento, pois terá um quadro mais real do Estado de Mato Grosso. “Quem não for entrevistado procure o IBGE e passe os seus dados, porque é muito importante que também o Estado tenha esses dados”, ressaltou o governador.

De acordo com o coordenador do IBGE em Cuiabá, Aurelino Levy Dias de Campos, serão realizados três modalidades de censo. A primeira é o Censo Agropecuário, quando será feito um completo levantamento sobre o setor que não é recenseado há onze anos – o último foi realizado em 1996. Serão pesquisadas empresas com atividades econômicas nos segmentos de agricultura, aqüicultura, pecuária, avicultura, apicultura, sericicultura, extração vegetal, silvicutura, beneficiamento e transformação de produtos agropecuários.

O Censo Demográfico contará a população dos 141 municípios de Mato Grosso. “Além da novidade dos recenseadores contarem com computadores de mão (Personal Digital Assistent – PDA), o que dará mais rapidez para a conclusão dos dados, a outra é que serão pesquisados casais homossexuais também. “Os casais homossexuais serão pesquisados. Por exemplo, numa residência onde vivem duas pessoas do mesmo sexo, elas serão consideradas como um casal”, destacou Aureliano Levy.

No Estado de Mato Grosso, o IBGE estima visitar mais de 640 mil domicílios e mais de 143 mil estabelecimentos agropecuários. O coordenador informou ainda que o último item a ser realizado no trabalho do IBGE é o de atualização do Cadastro Nacional de Endereços. O coordenador disse que até o dia 31 de julho as pesquisas deverão ser concluídas.

Para realizar a pesquisa de campo o IBGE contratou 2.150 servidores temporários e serão utilizados, entre os quais, 1.679 recenseadores, 2.014 computadores de mão que enviarão os dados em tempo real para as centrais do instituto. Os computadores equipados com GPS (Global Position System), para que os recenseadores se localizem na sua área de trabalho e captem as coordenadas geográficas de estabelecimentos e domicílios na zona rural vão possibilitar ainda que as correções sejam feitas ainda no ato da entrevista. Aurelino Levy informou também o número telefônico gratuito de contato com o IBGE: 0800-7218-8181.

Participaram ainda da audiência, o secretário José Carlos Dias (Comunicação) e o secretário-adjunto da Casa Civil, Antonio Kato, o coordenador técnico estadual dos Censos, Valdemir Fonseca e as agentes censitárias supervisoras, Ana Capelão e Soélita Martins.

Recursos do FPM – A contagem da população é muito esperada pelos municípios, porque vai fornecer dados atuais para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Anualmente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão responsável pela realização do Censo Demográfico, divulga estatística populacional dos Municípios e o Tribunal de Contas da União, com base nessa estatística, publica no Diário Oficial da União os coeficientes dos Municípios.

O fundo é uma transferência constitucional feita pela União. Composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados, a distribuição dos recursos é feita de acordo com o número de habitantes de cada cidade. São fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. O mínimo é de 0,6 para Municípios com até 10.188 habitantes, e, o máximo é 4,0 para aqueles acima 156 mil.

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