Está agendada para amanhã, 21, o encontro reservado entre o se- nador Blairo Maggi (PR/MT) e a presidente Dilma Rousseff (PT). Deste encontro, o senador matogrossense poderá assumir diferentes posições políticas, não estando des- cartado inclusive sua permanência no Partido da República que compõe o Bloco Independente formado ainda pelo PTB e pelo PSC que soma hoje 14 senadores.
A reunião com a presidente da República deve inclusive definir co- mo será a participação de Blairo Maggi mais próximo da presidente que é candidata a reeleição e costura para não perder espaços para possí- veis candidatos de oposição como o governador de Pernambuco, Eduar- do Campos (PSB) que namora Mag- gi para que este ingresse no PSB.
Desconfortável no PR, Maggi inclusive chegou a encaminhar consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com receito de que uma even- tual troca de partido possa levá-lo a responder por uma ação de infideli- dade partidária. Sua permanência no PR poderia ser minimizada com ace- nos e com sua participação mais próxima da presidente da República e com a reforço do Bloco Indepen- dente do qual é vice líder.
Blairo Maggi ainda tem o assédio do PMDB que sempre flertou desde que Maggi deixou o PPS e migrou para o recém criado PR que passou a existir a partir da fusão do PL e do Prona. Tão logo soube do assédio do PSB a Maggi, Valdir Raupp, senador e presidente do PMDB Nacional tratou de abrir en- tendimentos com o colega Blairo Maggi que já declarou no passado sempre ter tido o sonho de se tornar um peemedebista.
No sobe e desce das especulações é provável que Blairo Mag gi não consiga sair do PR por questões legais e jurídicas e para evitar um mal maior que seria a eventual perda do mandato, só que isto não vai impedi-lo de se posicionar con- trário ao que hoje faz o partido que não assume seu lado de oposição mas fica almejando novamente es- tar na composição do Ministério do Governo Federal.
Outra questão que vai pesar na decisão do senador mato-grossense é quanto ao seu futuro político. Mesmo sem precisar, Maggi admite disputar o Governo do Estado na sucessão de Silval Barbosa, e como a presidente Dilma Rousseff é candidata a reeleição, seria fundamental que PMDB, PT e PR caminhassem juntos, além de outros partidos que estão aliados desde 2006 quando Maggi foi reeleito governador.