Os embates entre pré-candidatos as duas vagas para o Senado da República que estarão em disputa neste ano tendem a beneficiar dois nomes diretamente, ou seja, o ex-governador Blairo Maggi (PR) que lidera com bastante folga as pesquisas de intenção de votos e o mais recente candidato, o pedetista Pedro Taques que até dias atrás era procurador da República em São Paulo.
A própria disputa interna do PT que tem a segunda vaga na coligação encabeçada por Silval Barbosa (PMDB), para o governo do Estado e Blairo Maggi (PR) como candidato ao Senado, tende a beneficiar Maggi e Taques por causa do endurecimento na relação entre os petistas, que engalfinham e vão exigir da direção nacional uma intervenção, sob pena de não se corrigir mais os destinados petistas em Mato Grosso.
Na troca de acusações, que nunca é publica, mas sim através da remessa de releases para a imprensa de um modo em geral pode ser percebido o clima de hostilidade entre a senadora Serys Slhessarenko e o deputado federal carlos Abicalil. No release deste final de semana prolongado por causa da Sexta-feira Santa e da Páscoa a senadora Serys Marly acusa seu companheiro de truculento e desleal. Diz o lead do texto que: "A senadora Serys Slhessarenko (PT) voltou a condenar o que classificou de "truculência" e "soberba" do grupo de políticos liderados pelo deputado federal Carlos Abicalil, presidente do partido no Estado. A começar pelo próprio dirigente petista, que deseja a vaga que o PT terá na aliança que está sendo firmada com o PMDB e o PR para as eleições outubro". A prévia do PT está marcada para o próximo dia 18. "Estão agindo com ironia, desrespeito, truculência e soberba. Mas o filiado do PT saberá dar resposta a essas agressões" – disse a senadora. Ela justifica sua posição em cima de uma entrevista de Abicalil que teria dito que a senadora não respeita as regras determinadas pelo partido.
O certo é que o clima rachou o PT em Mato Grosso. E mesmo que haja uma decisão democrática, na escolha do nome pelo voto através das prévias, dificilmente o grupo que sair perdendo vai apoiar o outro, ou seja, parte do PT vai migrar para outro nome na hora de depositar um dos votos que cada eleitor terá direito em outubro. E se o eleitor já votou em Maggi não poderá votar novamente, terá que escolher outro nome que pode ser Pedro Taques ou anular o voto ou ainda votar em branco. E por fim até escolher um nome que nada tem a ver com os entendimentos petistas.
ANTERO – Já com relação ao PSDB, que até o momento não tem nome de candidato a vice na chapa de Wilson Santos (PSDB), nem de senador, a dependência fica por conta do ex-senador Antero Paes de Barros, que na posse de Chico Galindo (PTB) como prefeito de Cuiabá e despedida de Wilson Santos estava mais preocupado com a possibilidade do acerto nacional entre o PP e o PSDB, o que daria certamente um plus a mais na campanha tucana.