O governador Blairo Maggi está certo de que mais dia menos dia o ex-secretário de Educação, Luís Antônio Pagot, considerado um dos seus mais próximos assessores, deverá ter seu nome confirmado para ocupar a coordenação-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre. Ao participar da abertura da campanha de combate às queimadas, no Parque Mãe Bonifácia, Maggi se mostrou otimista diante dos contatos que manteve na Capital Federal. “Não há resistências” – disse, admitindo, contudo, que o PSDB vem agindo para trancar a indicação.
Maggi explicou que a demora na definição da data da sabatina no Senado para conduzir Pagot ao cargo se deve ao fato do ambiente inadequado atualmente no Congresso Nacional por causa das denúncias envolvendo o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado Federal. Ele também destacou a agenda carregada da Comissão de Infra-Estrutura, a quem cabe organizar a sabatina e depois a votação. “”Tudo vai acontecer no seu devido tempo” – frisou
A indicação de Pagot, segundo Maggi, está bem lastreada. Além do Partido da República, vários políticos de bancadas de outras siglas estão apoiando a indicação. Além disso, tem o próprio interesse do Palácio do Planalto. Isso significa o apoio maciço do Partido dos Trabalhadores e outros aliados do Governo Lula.
Na próxima semana, o Senado Federal deverá decidir se troca ou não o relator do processo de indicação de Pagot. O ofício está a cargo do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). Maggi disse que conversou com o presidente da Comissão de Infra_Estrutura, senador Marconi Perillo (PMDB-GO). Foi aventada a possibilidade que o relator possa até vir a ser substituído em função das inúmeras atividades de Sérgio Guerra. O nome a ser indicado deverá ser do senador Jayme Campos (DEM-MT) com quem Maggi esteve também reunido em Brasília. A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) também integra a relação dos 23 titulares da comissão.
De qualquer forma, o assunto “Pagot no Dnit” já tem uma nova data para acabar. O próprio indicado acredita que até o dia 17, antes do recesso parlamentar, ocorra a sabatina e também a homologação pelo Senado Federal, segundo promessa do próprio Perillo. Até lá se define quem fica com a relatoria. “Tudo ocorrerá no seu devido tempo” – disse Pagot, repetindo palavras ditas pouco antes pelo governador. O ex-secretário de Maggi admitiu que “algumas pessoas” no PSDB estariam trabalhando contra sua indicação.
Pagot assegurou que os grandes líderes do PSDB já demonstraram não ter qualquer restrição ao seu nome. Ele citou, entre outros, o próprio relator Guerra, o governador Aécio Neves, o senador Artur Virgílio e mencionou Wilson Santos, atual prefeito de Cuiabá. Nos bastidores, fala-se que o principal municiador dos ataques ao indicado do Planalto para ocupar a direção do Dnit seria o ex-senador Antero de Barros, duas vezes derrotado por Maggi ao Governo. Barros, no entanto, nega com veemência: “Estou cuidando da minha vida”.