O governador Blairo Maggi deixa o cargo, daqui a 12 dias, vai se dedicar ao planejamento da sua pré-candidatura ao Senado e destacou que alguns projetos ficarão para o vice Silval Barbosa conclui-los. A maior parte, porém, ficará para os próximos governantes ao lembrar o planejamento do programa MT+20 com metas para melhorar os setores de saúde, educação, segurança, dentre outros, que precisarão ser alcançadas. Na área de infra-estrutura, o debate atual é sobre novas alternativas com foco nas ferrovias. A Ferronorte está com ramal em Alto Taquari e o governo pressiona para os trilhos “chegarem” a Rondonópolis. A concessão para construção e exploração da linha foi feita para a empresa ALL América Latina Logística que tem até o final de 2011 para concluir o trecho de Alto Araguaia-Rondonópolis. O novo traçado ligando os trilhos da região Sul até a capital precisa ser incluída no PAC 2, mas o projeto de impacto ambiental poderá ser feito antes para agilizar o processo.
Blairo disse que seu “sonho, enquanto político, é trabalhar para que os trilhos cheguem a Cuiabá. É um sonho de todos cuiabanos e isso vai acontecer de fato. Ainda vamos ouvir o apito do trem na curva”, disse, sorrindo, esta semana, durante sua última visita oficial a Lucas do Rio Verde. Questionado se a apresentação da Ferrovia Centro-Oeste, com ramal em Lucas, não estava coincidindo com o momento eleitoral, Maggi respondeu que “não se faz projetos para ficar no governo, quem vier terá que executar”.
O governador sintetizou que durante o mandato foi aos municípios ouvir suas necessidades em cada setor e desenvolveu ações de políticas públicas que vão precisar de continuidade nos próximo anos. “Não tem como parar. Eu fiz um projeto querendo entender o que era o Mato Grosso em 20 anos. O MT + 20 me mostrou o que cada setor precisa de investimentos, saúde, educação, segurança e outros, e ai planejamos os recursos para cada área. Essa continuidade terá que ser dada pelo próximo gestor”, confirmou.