O governador Blairo Maggi explicou hoje, ao Só Notícias que sua proposta para moratória não visa impedir o plantio da safra agrícola em Mato Grosso, mas regularizar áreas onde houve excesso de desmatamentos para cultivar soja, milho, algodão e outras culturas. “Não é proibição nem medida que vai ser empurrada goela abaixo. O acordo que estamos propondo visa regularizar as áreas onde os desmates excederam os 20%. Em nenhum momento, propus a paralisação do plantio, que continua plenamente liberado”, afirmou. “O que precisamos fazer, com urgência, é a regularização das fazendas com licenciamento ambiental, através da compensação de áreas, onde houve desmates que são considerados ilegais para que não haja restrições no exterior aos produtos mato-grossenses”, acrescentou.
Blairo disse que a proposta defendida, nesta quarta-feira, em Brasília, na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, no pacto Nacional pela valorização da floresta e pelo fim do desmatamento na amazônia. “A moratória de 5 anos é referente a novos desmates, mesmo para aqueles casos onde o dono de determinada área tenha direito a derrubar 20% da mata e deixar 80% de reserva. Para acelerar a saída da moratória, os fazendeiros e prefeituras deveriam fazer o licenciamento ambiental com georeferênciamento de pelo menos 80% de suas áreas”.
Lucas do Rio Verde é um dos municípios mato-grossenses que já está fazendo este trabalho, reflroestando áreas e resolvendo outras pendências ambientais.
O presidente da Comissão Meio Ambiente da Assembléia, Dilceu Dal Bosco, reuniu-se, hoje de manhã, com Blairo para conversar sobre a proposta da moratória.
“Existe também a sugestão da compensação de áreas para os que não abriram a quantidade que têm direito. Conversei com o governador para ser viabilizado um termo de coopertação técnica com a TNC (ong) prefeituras e iniciativa privada para contribuir buscarmos a regularização das áreas mato-grossenses o quanto antes. O selo verde tem que ser nosso objetivo principal”, acrescentou.