Mauro Mendes era o candidato preferido do governador Blairo Maggi a sua sucessão ao governo do Estado. O empresário, entretanto, mostrou muita indecisão, perdendo espaço dentro do grupo de aliança do governador, que acabou aceitando o nome de seu vice, Silval Barbosa (PMDB). Outro fato que acabou prejudicando o empresário foi a decisão de ter deixado o PR para ingressar no PSB, quando então decidiu ser candidato. Ao avaliar o atual quadro político e explicar sua decisão de disputar o Senado Federal, o governador Blairo Maggi disse, na Rádio Cultura, hoje, que as indecisões de Mauro Mendes e suas últimas posições no quadro político o levou a desistir das férias políticas por pelo menos quatro anos e disputar o Senador.
“Eu de fato não estava programado, havia decidido que não iria participar o pleito eleitoral. Mas em função dos acontecimentos políticos, da saída de Mauro Mendes que foi para o PSB me deixou em saia justa muito grande. Ele havia dito que não queria disputar nada e de repente mudou de partido e se decidiu ser candidato. Compreendo a mudança dele. O problema é a maneira como foi feito. A impressão que iria ficar não me deu alternativa a não ser voltar a disputar a política, dar espaço a Silval Barbosa e mostrar que ação de Mauro não era combinada. Pensava em voltar a iniciativa privada. Meta era disputar o Senado em 2014, tive de fazer mudanças, não podia deixar transparecer que havia acordo com Mauro. Se não tomasse esta decisão, meu grupo político seria esfacelado”, explicou.
O governador reconheceu que seu candidato preferido era Mauro Mendes, mas devido a suas posições, se viu obrigado a defender a candidatura de seu vice, Silval Barbosa e que acredita em sua vitória.
“Quando Mauro Mendes desistiu da candidatura, tivemos de buscar alguém que defendesse o governo. Silval Barbosa se apresentou e a partir daí fomos em frente. Não tínhamos mais como voltar atrás. Silval conhece profundamente o governo. Foi um vice atuante, que mostrou opiniões fortes e abalizadas. Não tenho problema em ajudar Silval a se eleger. Tenho a convicção que ele pode seguir a mesma linha. É perfil diferente ao de Mauro Mendes, mas não temos outra alternativa que não seguir com Silval, ele é coerente”, assinalou.