Tranquilo e realizado. Essas foram as palavras do governador Blairo Maggi, ao conceder entrevista coletiva, no Palácio Paiaguás, em relação ao maior Concurso Público da história de Mato Grosso. As palavras em destaque foram sucesso e lisura nesta segunda fase do processo, representadas nos números positivos apresentados durante a coletiva.
Maggi inicialmente agradeceu todos os parceiros dessa fase do concurso, como o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil, a própria Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), as Secretarias envolvidas e demais pessoas que garantiram a realização das provas. Ele agradeceu também todos aqueles que entenderam que o que houve na primeira fase do concurso público foi um problema de Estado.
"Ano passado dissemos que íamos nos concentrar para redimir o que aconteceu. O Estado ganhou com isso, tendo um Know How sobre a realização de um concurso público", disse Maggi ao informar que todos os procedimentos para essa fase foram tomados com o maior cuidado. "Fizemos as nossas correções e o terminamos o Concurso Público com a sensação de dever cumprido".
Tanto o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Unemat avaliaram como positiva a organização desta fase das provas, sem reclamações graves, tudo dentro da normalidade e transparência.
Para o secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Alexander Torres Maia o concurso foi sucesso efetivo nas três fases. "Não foi nada simples lidar com a vida de 273 mil pessoas. A importância era mostrar o respeito a essas pessoas, que pleiteiam uma vaga no Governo do Estado. Essa foi a determinação do governador Blairo Maggi desde o início".
Cerca de 14 mil pessoas trabalharam no concurso público, como fiscais, porteiros, corpo de bombeiro, policiais militares e demais servidores públicos.
De acordo com Maia o resultado dos aprovados será anunciado o mais rápido possível assim que forem feitas as correções das provas pela Unemat.
O sucesso do concurso pode-se confirmar pelo baixo índice de abstenção, que foi de 22,9%, ou seja, dos 273 mil candidatos, 210.633 mil fizeram as provas, confiando na lisura do processo.
O secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto informou que foi mantido o mesmo valor do contrato para a realização do concurso, R$ 13,5 milhões, acrescentando apenas um aditivo ao contrato, nesta segunda fase, no montante de R$ 2,7 milhões para fazer a impressão das provas em local externo para garantir a segurança e transparência a fim de evitar especulação e dúvida quanto a impressão das provas.
De Vitto disse, ainda que os candidatos aprovados serão chamados antes do período eleitoral, exceto os que disputaram vaga para a área de segurança pública (cerca de 6.500 vagas), uma vez que os devidos cargos requerem outras fases, como exames físicos e serão chamados em 2011, por força legal. "Em quarenta dias teremos o resultado da primeira fase para começar as convocações para posse", esclareceu o secretário.
Quanto aos professores, De Vitto assegurou que também serão convocados esse ano e aqueles que atualmente foram contratados e trabalham nas escolas, ficarão nos cargos até o meio do ano. A partir de então os aprovados no concurso assumirão os devidos cargos.
O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, disse que desde o início o papel da Sejusp seria fundamental, para tanto, mobilizou todos os servidores. O resultado reflete, nos três dias de prova, em apenas onze ocorrências. Ao todo trabalharam cerca de 1.100 policiais militares, 250 servidores da Polícia Judiciária Civil, funcionários da Politec, da área administrativa, Corpo de bombeiros. "Nessa questão o fato mais positivo foi a integração das secretarias", destacou Curado.
Nas provas de nível superior, no domingo (21.03) foram registrados uma ocorrência no Cisc Oeste onde uma pessoa portava o Código Civil Comentado no local de prova, uma carteira de identidade adulterada, uma ocorrência de desacato e desobediência a um fiscal e quatro atendimentos do corpo de bombeiros, encaminhados ao SAMU.
O governador disse ainda que o planejamento era deixar o governo em dezembro de 2009 de modo que o vice-governador Silval Barbosa governasse em sua plenitude neste ano de 2010, mas com os problemas ocorridos na primeira fase do concurso, teve a responsabilidade de permanecer no governo para dar continuidade no processo e garantir que o maior Concurso Público do Estado de Mato Grosso atingisse o sucesso, o que foi confirmado em coletiva.