O governador de Mato Grosso Blairo Maggi avaliou esta tarde, em Copenhague (Dinamarca), que há maior conscientização de todos os atores sociais, empresariais e públicos envolvidos na conservação e proteção ambiental da Amazônia e que essa nova mentalidade resultou na redução do desmatamento nos últimos anos. A constatação foi feita durante reunião do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que terminou agora há pouco, quando apresentou as iniciativas para controle e conservação da floresta amazônica por meio do mecanismo de Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação da Floresta (REDD), na Conferência da Organização das Nações Unidas (COP 15) sobre Mudanças Climáticas.
“Mato Grosso teve mudanças muito grandes em termos de redução de desmatamento de 2003 até agora em 2009”, comentou Maggi, para platéia de jornalistas, empresários, ambientalistas, professores universitários e governos subnacionais de todo o mundo. “E grande parte do desmatamento se deve ao fato de que as pessoas têm entendimento o valor da floresta em pé”, justificou Maggi à mudança para redução do desmate nos últimos anos. “O mundo mudou e é hora de todas as pessoas se engajarem nessa mudança para que tenhamos uma nova realidade, um mundo melhor para nossos filhos, nossos netos e gerações futuras”, conclamou o governador, a interlocutores no Bella Center, palco central dos debates e proposições em Copenhague. O governador tem defendido, nos últimos anos, que os produtores recebam compensação financeira para abrir mão do direito previsto em lei de derrubar áreas com objetivo de ampliar a produção de alimentos e carne.
A redução do destamatamento em Mato Grosso no ciclo 2003/2004 registrou 11.814 Km² para cerca de 1.047 Km² entre 1º agosto 2008 a 31 julho de 2009, de acordo com dados oficiais calculados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Maggi informou ainda que 62% da redução do desmatamento da Amazônia brasileira desde 2005 é atribuída ao estado de Mato Grosso.
Em um vídeo de cerca de 4 minutos, o governador mostrou as “riquezas naturais da biodiversidade e a forma responsável de Mato Grosso em ser o maior produtor de alimentos, grãos e carne para o mundo de forma sustentável”. O REDD integra ações conjuntas defendidas por governadores da Amazônia, ambientalistas, pequenos produtores e agricultores para preservação ambiental com a captação de recursos para fazer valer a floresta em pé, ou a compensação financeira pelo direito de não desmatar.
O governador de Mato Grosso identifica no projeto de Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) como instrumento público de enfrentamento das mudanças climáticas e oportunidade de reforçar a governança florestal, proteger a biodiversidade e melhorar a qualidade de vida de populações rurais da população amazônica.
O ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, também participou da reunião dos governadores e realçou aos presentes a importância da união dos governadores da floresta em defesa da floresta brasileira. “Hoje existe diálogo aberto, maduro em função da união dos governadores da Amazônia e do governo do presidente Lula”, avaliou Minc.
Maggi, secretários e seis governadores da Amazônia Legal estão a Copenhague (exceções são de Roraima e Rondônia) para mostrar as políticas públicas de valorização da floresta em pé, em parceria com Organizações Não Governamentais e iniciativa privada.
O governador e secretários reúnem-se hoje com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chefe da delegação brasileira na conferência. O presidente Lula chega para a conferência nesta terça-feira. Acompanham o governador em Copenhague, os secretários de Estado Luiz Henrique Daldegan (Meio Ambiente), Eumar Novacki (Casa Civil e Comunicação Social), Alexander Maia (Casa Militar), Terezinha Maggi (Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social), professora Flávia Nogueira (Extraordinária de Apoio a Políticas Educacionais), e o adjunto de Marketing do Governo, Júlio Valmórbida.