O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, suplente Carlos Brito, que trocou o PDT pelo PR, arrolou como testemunha de defesa em seu processo de infidelidade o governador Blairo Maggi, o novo presidente do PR no Estado e assessor especial do governo, Moisés Sachetti, e Adjaime Ramos, 3º vice-presidente do partido em Mato Grosso.
Brito tenta comprovar a justa causa alegando que também sofreu grave discriminação no PDT e esteve entre os mais votados na eleição de 2006 sem qualquer apoio da sigla comandada a mão de ferro há anos por Mário Márcio Torres. Com mais de 30 mil votos, o secretário ficou com a primeira suplência do partido, porém, registrou votação superior a muito dos 24 deputados eleitos por causa do cociente eleitoral.
Depois de arroladas as testemunhas, o TRE vai marcar a data para audiência que será realizada na própria sede do Tribunal. A resolução 22.610 permite que todas as pessoas que respondem por infidelidade podem designar até três testemunhas em sua defesa. Depois do Ministério Público Eleitoral se manifestar, o relator do processo irá emitir um relatório para votação no pleno do Tribunal.
Diferente de Carlos Brito, os deputados Malheiros e Walter Rabello não nomearam até o momento nenhum aliado na tentativa de provar a tese de justa causa. Brito foi acionado no TRE pelo suplente do PDT Wilson Kishi, vereador pelo município de Cáceres e que tenta ficar com a vaga. Rabello teve o mandato requerido pelo Ministério Público Eleitoral, já que o PMDB não o fez, enquanto João Malheiros foi acionado pelo PPS, comandado pelo deputado Percival Muniz.