O governador Blairo Maggi descartou a possibilidade de aumentar o valor, baseado em percentual de arrecadação, dos repasses para os poderes – incluindo o Ministério Público e também o Tribunal de Contas do Estado. Ao participar nesta quarta-feira da inauguração do novo prédio da Assembléia Legislativa, ele disse que a crise econômica em Mato Grosso está afetando a receita do Estado e disse que todos os poderes terão que rever seus investimentos. Inclusive para o ano que vem.
Apesar do veto ao aumento nos repasses, o governador não crê em “queda de braço” com o Judiciário e o Legislativo. Tampouco acha que vai haver um esfriamento nas relações instituicionais. Ele revelou que tem procurado conversar com os dirigentes do Legislativo, do Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público. “Está tudo bem, sem problemas” – garante.
A redução na arrecadação do Estado se deve, fundamentalmente, a queda do dólar, que vem reduzindo as exportações por causa da falta de competitividade internacional. Aliado a isso, Mato Grosso sofreu um solavanco com o fechamento de madeireiras após a Operação Curupira. No Norte e Nordeste, o caos econômico é considerado visível. Conseqüentemente, já estava prevista quebra na arrecadação. “O prejuízo está sendo dividido” – disse Maggi, ao descartar privilégios.
O governador confirmou que o Orçamento do Estado para o ano que vem vai ser acrescido da inflação prevista, em torno de 7 ou 8%. O projeto está em fase de elaboração pela Secretaria de Planejamento. A previsão é de que seja remetido antes do prazo final determinado pela Constituição Estadual, ou seja, 30 de setembro.
Maggi disse que o Governo vem fazendo sua parte no sentido de reduzir gastos nas áreas meios. Ele confirmou, conforme 24 Horas News havia antecipado, que vai aos poucos acabar com órgãos da administração indireta, as chamadas autarquias e fundações. Ele citou como exemplo a Fundação Dom Aquino Corrêa, que passou a integrar a Secretaria de Saúde. “Ninguém vai perder o emprego” – ele tranquilizou.
Sobre a redução de investimento do Estado para o ano que vem , Maggi disse que o “tamanho da festa é o tamanho do patrocínio”. Disse o governador: “Não tem outra coisa a fazer, não tem dinheiro, se a população de Mato Grosso não está gerando riquezas suficientes pra fazer com que o Orçamento seja maior, tem que conviver com isso”. Com efeito, o governador lembrou que Mato Grosso não tem uma casa da moeda: “Não como inventar receitas. Tem que se criar as receitas através de impostos, tem que se adequar ao tamanho que a economia do Estado tem neste momento” – frisou.
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Blairo descarta repasse extra de recursos para poderes
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