O senador Blairo Maggi (PR) descartou a possibilidade do Partido da Republica fazer uma “troca” com o PMDB entre os ministérios da Agricultura e Transportes. Em Brasília, estava sendo cogitado a possibilidade do PR assumir o comando do Ministério da Agricultura, hoje em dia gerido pelo PMDB, e o Ministério dos Transportes, de responsabilidade do PR, ser repassado para a cota do PMDB. Com esta troca, a avaliação que se fazia era de que cairia o impedimento para que o senador mato-grossense entrasse no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff.
No entanto, Maggi descartou também assumir a pasta da Agricultura. “Não é a solicitação que o Partido da República quer. O partido quer voltar ao comando do Ministério dos Transportes”, declarou, acrescentando que conversa entre a cúpula de seu partido e interlocutores da presidente Dilma foi bem clara. A primeira posição foi saber da atual administração se eles queriam o partido de volta a base. Com a resposta positiva por parte do governo, o segundo questionamento dos líderes republicanos era saber qual a posição que o governo destinaria a agremiação. Para esta segunda pergunta ainda não há respostas, disse Maggi.
“O governo disse que pretende ter o PR em sua base. No entanto, ainda falta dizer em qual posição o PR estará neste governo. Ainda não recebemos esta resposta do governo. Estamos conversando e há uma grande possibilidade de voltar ao comando do Ministério dos Transportes”, avaliou.
Blairo Maggi declarou que desde o episódio do escândalo, no ano passado, que derrubou o antigo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e demais chefes das autarquias ligadas a pasta, como o caso do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o PR atua com independência no Congresso Nacional. Segundo ele, os membros do partido votam com o governo em matérias que julguem de interesse nacional, caso contrário não.
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, prometeu uma reunião ainda este mês entre a cúpula do partido e a presidente para selar de vez a união.