O governador Blairo Maggi encerrou visita de dois dias a municípios do Nortão, onde inaugurou e vistoriou obras, demonstrando preocupação com a pouca participação da sociedade nos debates para definir o zoneamento socioambiental e ecológico do Estado. “Gostaria de pedir a máxima participação. É fácil criticar depois que está tudo pronto, vamos participar, opinar. Principalmente quem tem sensibilidade com a questão ambiental. Esse projeto vai definir a vida das pessoas e o futuro do Estado de Mato Grosso. É preciso preservar o meio ambiente, mas é preciso produzir alimentos, gerar riquezas. Encontrar um meio termo e produzir com sustentabilidade”, afirmou.
O zoneamento contém informações estratégicas do Estado, com dados sociais, do relevo e das atividades econômicas desenvolvidas nas regiões. O documento traz uma radiografia, um diagnóstico que ordena desde a ocupação do solo, identificando as áreas de preservação, até as vocações econômicas de cada uma dessas regiões. É um instrumento que indica a melhor forma de ocupação do espaço territorial e a utilização de recursos naturais. No zoneamento, o Estado é dividido em partes, de acordo com seu potencial natural e os aspectos socioeconômicos.
O projeto está tramitando na Assembléia Legislativa de Mato Grosso e antes de ser votado será debatido com a sociedade em 14 audiências públicas (em 12 regiões de planejamento) nas cidades pólos das diversas regiões. A primeira ocorreu em Cuiabá, no final de junho, teve fraca participação, e a segunda será em Rondonópolis, na próxima semana.
O projeto de Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico do Estado (ZSEE) começou a ser discutido no Estado em 1989. Depois de validado por 47 entidades representativas (incluindo o setor produtivo e ONGs de defesa do meio ambiente), o projeto foi entregue na Casa de Leis.