A possibilidade de uma nova CPI na Assembléia Legislativa – agora para investigar os incentivos fiscais concedidos pelo Governo – está descartada. Com a força de uma maioria absolutamente esmagadora e com procedimentos diferentes do que foi em relação a Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar os atos internos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o governador colocou um ponto final na discussão – que mal começou. E, de quebra, ainda atacou duramente os discursos dos defensores da CPI, no caso, os deputados Percival Muniz (PPS), seu ex-aliado; e José Carlos do Pátio, do PMDB, ambos com firmes interesses eleitorais em Rondonópolis.
Maggi tratou como “mentira” os discursos de que o Estado estaria deixando de arrecadar devido aos incentivos. Quando abordou o assunto publicamente, Muniz chegou a aventar hipóteses de benefícios indevidos para empresas, que puderam utilizar o instrumento para aquisição de jatinhos particulares. O político, contudo, não avançou nas denúncias, limitando-se a apenas uma menção do caso, demonstrando que a questão é, de fato, apenas política – que podem ser bem resumidas nas eleições do ano que vem no Sul do Estado.
“Mato Grosso está com suas receitas equilibradas, com crescimento de 5%. A saúde está perfeita e estamos com as nossas dívidas em dia e já com dinheiro em caixa para o pagamento do 13º salário” – sustentou o governador.
Para o governador, cada dia que passa as discussões ficam mais forte. Ele tem claro que trata-se, de fato, de interesses políticos conflitantes com o dispositivo público. Lembrou que os deputados que o criticam na questão dos incentivos – que teria atingido valores exorbitantes – “são os mesmos que pedem para dar incentivos para o álcool”. Maggi adiantou que irá conversar com a bancada de sustentação para discutir este problema, dizendo ainda que “tem empresa que deve 200 milhões para o Estado que foi dado postergação pelo governo anterior”.