A empresa AMaggi, conglomerado de empresas do ramo da agricultura de propriedade da família do governador Blairo Maggi, recebeu incentivos fiscais do Governo na área da soja. Mas tudo, absolutamente, dentro da legalidade. Foi o que garantiu o próprio governador, nesta segunda-feira, ao falar sobre as denúncias de segmentos da mídia. “Não foi incentivo para a AMaggi e sim para o plantio de soja em Mato Grosso” – explicou, ao destacar aspectos essencialmente legais da operação. “O Governo é autorizado a concedê-los. Se os deputados não quiserem mais, basta aprovar uma lei” – disse.
Maggi bateu na tecla de que as denúncias em torno dos incentivos fiscais são eleitoreiras. Segundo ele, as manifestações de alguns deputados que colocam suspeitas sobre o programa de incentivo tem como meta as eleições de 2008. “É tudo transparente, não há o que esconder nada. Em algumas ocasiões o governo concede renúncia fiscal, como aconteceu com a isenção do ICMS sobre a carne e outros produtos produzidos em Mato Grosso, ou a isenção do ICMS sobre o consumo de energia elétrica para famílias de baixo consumo” – ele explicou.
Ele fez questão de destacar que hoje, 50% da população de Mato Grosso não paga ICMS sobre a energia elétrica”, ressaltou, complementando que o governo tem feito é conceder o incentivo fiscal e não a renúncia fiscal.
Maggi explicou que o incentivo funciona para o Governo do Estado como uma espécie de poupança a médio prazo, porque depois de dez anos a empresa começará a pagar os impostos. “O Governo não perde com o incentivo, porque se ela vai construir irá comprar cimento, ferragens e outros produtos que são tributáveis, além do que ela gera emprego com a criação de novos postos de trabalho. Então usamos o incentivo como forma de atração de novas empresas e com isso projetamos receita para o futuro” -assinalou.