A filiação do empresário Mauro Mendes no PSB, deixando o PR, praticamente zerou a sucessão de 2010 para o Governo do Estado. O mentor político de Mendes, que o criou de certa forma para sucede-lo no futuro político, o governador Blairo Maggi já admite para assessores mais próximos que deixará o Governo do Estado no início do próximo ano para potencializar a candidatura do seu vice, Silval Barbosa (PMDB), e, por conseguinte abre a perspectiva de que o próprio Maggi dispute uma das duas vagas para o Senado Federal, numa eleição que até o momento não delineou nenhum nome que esteja trabalhando pelas vagas a não serem os atuais senadores que podem ser ou não candidatos a reeleição.
Nas avaliações de pesquisas que neste momento funcionam como definição de estratégia para a disputa propriamente dita, ficou comprovado que a presença de Silval Barbosa no exercício efetivo do mandato de governador potencializa o mesmo, ao ponto dele sair de 0% para mais de 10% em recentes pesquisas que confirmam o crescimento constante e sólido de sua candidatura do arco de alianças que por enquanto só conta com a presença do PR/PMDB e PT, trás dos maiores partidos em Mato Grosso, mas que tem chances de receber ainda outras agremiações como o PP.
“Não passo para a história como a pessoa que traiu Silval Barbosa”, disse Blairo Maggi apontando que essa fama não lhe cabe e que este tipo de insinuação e especulação pode levá-lo a mudar de posição, “mas de não deixar de apoiar Silval Barbosa”, explicou, o chefe do Executivo, lembrando que sempre deixou a vontade todos os partidos do arco de aliança para que lançassem seus nomes e posteriormente chegassem a um consenso que fosse melhor para todos indistintamente.
Maggi não confirma a possibilidade de novamente retomar a candidatura ao Senado, mas lembrou que para ele se houve traição em todo o processo dentro do arco de aliança e da troca de partido, “não me restará outra opção se não rever outros compromissos assumidos, que não a candidatura de Silval Barborsa, que novamente deixo claro, precisa ser viabilizada e acredito que isto esteja acontecendo de forma consistente e sem atropelos”, frisou.
As injunções políticas apontam que a saída de Mauro Mendes tenha sido um baque para os Republicanos, mas para a sociedade ainda é cedo para se falar em prejuízos e até mesmo na possibilidade de uma nova candidatura no processo eleitoral que pode ou não ser vencedora, mas que com certeza depende do governador Blairo Maggi do alto dos seus mais de 80% de aprovação popular, que pode ou não interferir diretamente no resultado das eleições de 2010 após dois mandatos consecutivos como chefe do Executivo Estadual