O presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, liberou o diretório da legenda municipal para negociar cargos de primeiro escalão na Prefeitura da Capital. Conforme A Gazeta divulgou, o prefeito Chico Galindo (PTB) planeja uma aproximação maior com o Palácio Paiaguás e está decidido em contemplar com duas secretarias o partido que abriga o governador Silval Barbosa. Atualmente, o PMDB detém dois vereadores na Câmara Municipal de Cuiabá que não são considerados oposicionistas.
Bezerra afirma que a aproximação em nada atrapalha o projeto do PMDB de lançar candidaturas próprias nas eleições municipais de 2012 nos maiores colégios eleitorais de Mato Grosso. Após assumir o Palácio Paiaguás, o PMDB planeja tornar-se a maior legenda do Estado, posto que atualmente pertence ao Partido da República (PR) e estuda consolidar o início deste projeto com as eleições municipais de 2012.
"O momento exige união da classe política. Cuiabá foi escolhida para sediar a Copa do Mundo e sozinha não dispõe de recursos financeiros para tocar as obras. Essa parceria com o Estado é natural e o PMDB está disposto a auxiliar nesta governabilidade", afirmou.
O parlamentar ressaltou que não haverá dificuldades do PMDB em aceitar o projeto de governabilidade e futuramente lançar-se como opção ao Palácio Alencastro, o que significa confrontar com o modelo de gestão adotado pelo prefeito Chico Galindo (PTB), provável candidato à reeleição. "Esse acordo que está sendo feito a favor de Cuiabá independe da sucessão municipal. Vamos auxiliar a gestão de Cuiabá no que for necessário", comentou.
Por outro lado, o Partido da República (PR), que chegou a ser sondado para integrar a equipe administrativa da Prefeitura de Cuiabá, descarta qualquer possibilidade neste sentido. Apesar dos esforços do prefeito Chico Galindo que participou de uma reunião em Brasília com o deputado federal Wellington Fagundes e sondou o presidente do diretório municipal, Helny de Paula, a maioria da legenda se mostra contrária. A bancada de deputados estaduais entende que o apoio a um projeto, que é a continuidade da gestão do PSDB iniciada por Wilson Santos, não traz vantagens à legenda. "Fomos oposição em 2008 e seremos novamente em 2012 quando lançaremos candidatos próprios nos maiores municípios de Mato Grosso. Cuiabá também está no páreo e por isso a maioria entende que não devemos seguir este caminho. Podemos perfeitamente apoiar Cuiabá sem a ocupação de cargos", informou o secretário geral do PR, Emanuel Pinheiro.