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Bezerra é acusado de ajudar BMG e culpa Dirceu e Lando

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Marcos Valério tinha tentáculos em todos os setores da política brasileira. Não se limitou apenas a ajudar o PT a garantir o “mensalão” para deputados federais corruptos que pegavam dinheiro em troca de voto que interessam ao Governo Lula. Ele agia em vários setores ajudando amigos e arrebanhando uma fortuna. A nova descoberta agora envolve o INSS e a aposentadoria de milhares de velhinhos brasileiros. E com o apoio do ex-senador e figura expoente do PMDB, o mato-grossense Carlos Bezerra que quando presidente do INSS montou uma verdadeira mina de ouro para o publicitário e o banco BMG, uma instituição bancária que nem de longe chega perto aos grandes bancos brasileiros e vem ganhando fortunas com empréstimos aos aposentados.

A revista Época, em sua edição desta semana mostra uma ampla reportagem de como foram feitos os acertos entre o INSS e o BMG, passando para trás todos os bancos que eram credenciados para o pagamento das aposentadorias. Segundo a revista, com a ajuda de Marcos Valério e a colaboração da alta cúpula do INSS e do ministro chefe da Casa Civil na época, José Dirceu, mesmo não sendo um banco respeitado e tradicional conseguiu ser o primeiro a ganhar o direito de garantir empréstimos aos aposentados com desconto em folha. Para isso se beneficiou de um decreto assinado pelo presidente Lula, autorizando a instituição a promover empréstimos aos velhinhos brasileiros.

Ainda de acordo com a revista o BMG virou bancão ao fornecer empréstimos generosos ao PT e a Marcos Valério. A reportagem diz que a alta cúpula do INSS, na época comandada pelo mato-grossense Carlos Bezerra, não dava aos outros bancos, principalmente Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, as maiores instituições financeiras do país a mesma regalia concedida ao BMG, ou seja estes bancos, apesar de pagar os aposentados não podia garantir a estes nenhum tipo de empréstimos.

Irritado com a enrolação, um banqueiro foi a Brasília e se queixou ao líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante. Dias depois, o presidente do INSS, Carlos Bezerra (ex-senador do PMDB), foi demitido do cargo.
Ao ser procurado pela revista, Carlos Bezerra negou qualquer tipo de irregularidade enquanto esteve a frente da presidência do INSS, curiosamente a época que em um banquinho, o BMG virou bancão, às custas dos velhinho brasileiros.

Bezerra em sua defesa afirmou que o BMG saiu na frente porque se antecipou à concorrência. Tentando se esquivar de qualquer tipo de responsabilidade, o ex-presidente do INSS disse não saber se os executivos do BMG ajudaram a formular a Medida Provisória 130, que regulamenta o crédito consignado aos aposentados e pensionistas e jogou a responsabilidade no colo do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que corre o risco de ter seu mandado de Deputado Federal cassado por envovimento em inúmeras maracutaias com Marcos Valério . ”Esse assunto, se tratado, ficava na Casa Civil. Eu não tinha conhecimento disso”, se defendeu Bezerra.

O ex-senador mato-grossense disse ainda que com relação a problemas de bancos em assinar convênios com o INSS, nunca ouviu falar do assunto. Jura que como presidente do órgão não tomou nenhuma medida, não foi procurado por nenhum banqueiro, mas uma vez tirando qualquer tipo de responsabilidade de suas costas e jogando este problema para seu superior na época, o ex-ministro da Previdência Social, Almir Lando. ”Não tenho conhecimento. Quem estava mais por dentro disso era o ministro Amir Lando”.

No jogo de empurra-empurra, a assessoria do ex-ministro da Previdência, ao contrário, disse que o assunto era de responsabilidade de Carlos Bezerra.

Bezerra divulgou nota hoje rebatendo as acusações. Leia a íntegra clicando aqui.

(Atualizada às 15:50hs)

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