Apesar de já reunir nove partidos no grupo situacionista que disputará a eleição, as quatro siglas que concentram nomes para a chapa majoritária terão que chegar a um acordo ainda neste mês para que uma delas abra mão de um espaço de destaque. Isso porque os principais cargos são os de candidatos a governador, vice-governador e senador. Único partido que ainda não indicou oficialmente nenhum nome para a disputa, o PMDB impôs como condicionante que terá ou o candidato a Governo ou ao Senado.
Já o PT tem como pré-candidatos ao Governo o juiz federal Julier Sebastião, que ainda não definiu sua filiação à sigla, e o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral. No início do mês passado, o PSD também lançou a précandidatura ao Palácio Paiaguás do vice-governador Chico Daltro.
Em que pese ser a única sigla com nome pré-indicado ao Senado, o PR também tem dois nomes para a disputa do comando do Executivo Estadual. Presidente da sigla no Estado, o deputado federal Wellington Fagundes, em seu sexto mandato na Câmara dos Deputados, não esconde o desejo de concorrer à senatória, conversando, inclusive, com o grupo encabeçado pelo pré-candidato ao Governo pela oposição, senador Pedro Taques (PDT).
Enquanto para o Executivo o partido oficializou, ainda no ano passado, a pré-candidatura do ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá e, no começo deste ano, o senador Blairo Maggi estaria tentando lançar seu suplente, Cidinho Santos, como nome mais viável para a disputa. A situação tem gerado certo desconforto dentro do grupo aliado. “Conversei com o Blairo em Brasília e disse que a postura do PR está atrapalhando”, declarou o presidente do diretório regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, que vem atuando na coordenação do grupo.
“O PR está com dois candidatos a governador e um ao Senado. É o samba do crioulo doido!”, ressaltou. De acordo com o peemedebista, todos os partidos estão conscientes de que não tem vaga na majoritária para todo mundo e alguém terá que ficar de fora. Ele, no entanto, ressalta que este papel não caberá a seu partido. Já para os grupo de oposição, o PR, mesmo com a imposição de participação na majoritária, não parece atrapalhar, tendo em vista que as siglas relutam em perder seu apoio.