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Base que Temer vem formando é voraz por cargo e dinheiro, ataca deputado de Mato Grosso

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O deputado federal Ságuas Moraes (PT) não eximiu o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), da articulação do que classificou como “golpe”, à respeito da aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)  pela Câmara Federal no domingo (17).  Ele, que votou contra a abertura do processo, ainda citou manobras do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com quem disse que Temer está aliado.

Temer vem se reunindo com deputados e ensaiando ações caso Dilma realmente deixe o poder, o que para Ságuas pode custar caro. Esses encontros já aconteciam antes da votação, nos quais o vice discutiria apoio dos parlamentares ao processo. “Ele passou os últimos 15 dias prometendo mundos e fundos, foi um partido que abandonou o governo de última hora. Não vai conseguir entregar tudo que prometeu. É como aquele prefeito em campanha que promete uma secretaria para 3 pessoas, 3 partidos diferentes. […] É uma base própria voraz por cargo e dinheiro. Um governo que nasce deformado”, disse ao Só Notícias.

Sobre Cunha, o parlamentar disse que ele financiou “ao menos 150 deputados, eles receberam dinheiro para campanha. Eles não podem nem se quer falar contra o Eduardo”. Ele lembrou ainda que já houve trocas, citando manobras, para atrasar apreciação de denúncia na Comissão de Ética da Câmara, que pode resultar em cassação de Cunha, sob acusação de mentir sobre ser beneficiário de uma conta do exterior.

Ságuas ainda disse que os apoiadores do processo de impeachment tem interesse em diminuir ministérios (hoje 39) e também cortar programas, o que Temer já negou, ao menos relação às ações sociais, caso assuma. “Têm a proposta de reduzir para 17 ministérios. Sou contra. Se a estrutura aumenta é porque aumentou o serviço, não é para inchar o Estado. Eles querem acabar com secretariais, com projetos sociais”.

Conforme Só Notícias já informou, na Câmara, houve 367 votos favoráveis e 137 contrários. Sete se abstiveram de votar e dois não compareceram. Da bancada mato-grossense, seis dos oito parlamentes votaram pelo impeachment. Nilson Leitã (PSDB), Victório Galli (PSC), Adilton Sachetti (PSB), Fabio Garcia (PSB) , José Augusto Curvo (PSD) e Carlos Bezerra (PMDB). Foram contrários, Ságuas Moraes (PT) e Valtenir Pereira (PMDB).

Com a aprovação da admissibilidade caberá ao Senado decidir pela abertura do processo de impedimento de Dilma, o que depende dos votos de maioria simples. A votação deve acontecer nos próximos 15 dias.  

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