Os senadores e deputados federais da base aliada do governo estão confiantes na “blindagem” da gestão Dilma Rousseff e também do controle das ações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Alçado ao posto de “homem bomba”, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, não assusta os membros da base governista.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a avaliação dos aliados é de que Pagot não irá dar um “tiro no próprio pé”. “Um líder governista lembra que Pagot não vai correr o risco de ‘sair de exonerado para preso”, se realmente quiser falar. Além disso, argumenta o aliado, o PR, partido do qual Pagot se desfiliou somente na semana passada, controla a maioria dos Dnits do país. Não seria, portanto, de interesse do PR incentivar a ‘rebeldia” de Pagot que, em última instância, poderá acabar enredado na teia de eventuais irregularidades”, destaca trecho da publicação.
Conforme Só Notícias já informou, Pagot “soltou o verbo” e distribuiu acusações. Segundo ele, o bicheiro Carlinhos Cachoeira teria armado para tirá-lo da direção nacional do Dnit, pois estaria atrapalhando os negócios dele e da empreiteira Delta. Ele chegou a fazer acusações de que vários deputados federais, que fariam lobby pela empresa. Um dos citados, por Pagot, foi o parlamentar federal mato-grossense Wellington Fagundes (PR). O republicano nega as acusações.
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