A visita de representantes do Banco Mundial (Bird) aos secretários de Fazenda, Gustavo Oliveira, e de Planejamento, Guilherme Muller, pode pôr fim à ‘dor de cabeça’ herdada pelo governador Pedro Taques (PSDB) da gestão de Silval Barbosa junto ao Bank of America.
Negociações já estão em andamento para a compra da dívida de US$ 478 milhões, contraída por Silval em 2012, quando ele comandava o Palácio Paiaguás. ‘Existe essa possibilidade de reestruturação, mas vai depender do pacote de ajustes que iremos fazer’, informa o secretário de Fazenda.
O Banco Mundial vai apresentar alternativas com prazos de pagamentos menores e mais alongados, mas em qualquer uma delas os juros serão menores que os atuais 5% pagos pelo governo do Estado.
Silval usou o valor para quitar parte da dívida com a União. O Estado paga duas parcelas por ano, num total de 18 parcelas semestrais entre 2013 e 2022. Porém, a dívida é dolarizada e o valor quase dobrou até o momento.
Medidas de arrocho financeiro são uma das exigências do banco de desenvolvimento para emprestar o dinheiro. Esse tipo de exigências já fez o banco, criado para ajudar países em desenvolvimento e reconstrução pós-guerra, ser alvo de criticas de observadores externos.
Em 2016, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes derrubou uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça e determinou que o Estado pagasse parcelas de US$ 32,8 milhões (113 milhões em reais).