Durante encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro, a bancada ruralista indicou hoje (7) a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), 64 anos, para ser a ministra da Agricultura. O presidente eleito Jair Bolsonaro ainda não anunciou mas ela pode ser confirmada no cargo. Se isso ocorrer, vai ser a primeira mulher escolhida para integrar o governo que começa em 2019.
A indicação foi feita por um grupo de 20 integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em reunião no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. De Mato Grosso participaram os deputados Nilson Leitão, ex-presidente da FPA e Fabio Garcia e o senador Cidinho Santos. A bancada ruralista no Congresso Nacional reúne aproximadamente 260 parlamentares.
Agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB).
Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país.
Durante a campanha e depois de eleito, Bolsonaro fez várias defesas do agronegócio e dos investimentos no campo. Ele chegou a anunciar a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, mas depois afirmou que pensa em manter as pastas separadas, como estão atualmente.
Ontem (6) o presidente eleito disse que as negociações para a escolha do nome para o Ministério da Agricultura era uma dos mais avançadas e que poderia ser divulgada ainda nesta semana.
Jair Bolsonaro já confirmou os nomes de Paulo Guedes, para Economia; Sergio Moro, para Justiça; Onyx Lorenzoni, para Casa Civil; Marcos Pontes, para Ciência e Tecnologia; e o general Augusto Heleno, para o Gabinete de Segurança Institucional.
No atual governo, de Michel Temer, o ministro da Agricultura é Blairo Maggi (PP), do Mato Grosso. Na gestão de Dilma Rousseff, o ministro da Agricultura foi Neri Geller (deputado federal eleito), de Lucas do Rio Verde.
Tereza Cristina sucedeu o deputado mato-grossense Nilson Leitão (PSDB) na presidência da FPA.