A bancada federal de Mato Grosso instituiu a figura do "secretário executivo" que terá a missão de estreitar a ligação entre as ações parlamentares do Congresso Nacional e o Estado. Coordenador da bancada federal, o deputado Wellington Fagundes (PR) anunciou a criação do "elo interlocutor" a ser gerenciado por um profissional capacitado, ou seja, dono de habilidade política e técnica para imprimir avanços nos trabalhos.
Até a tarde de ontem não havia confirmação sobre eventual indicado, que poderia ser o suplente de senador Osvaldo Sobrinho. Ao analisar o assunto, Fagundes citou como exemplo o secretário chefe da Casa Civil, José Lacerda. "Ele é um exemplo de alguém que gostaríamos de contar. Possui essa habilidade e conhecimento para tratar dessas questões. Mas está num cargo maior, então estamos buscando nomes". A estratégia visa assegurar maior agilidade no trâmite de pleitos do Estado e ainda acentuar o contato da bancada com o governo. Através dos trabalhos, os parlamentares esperam dar maior celeridade às ações interligadas com a Assembleia Legislativa e com municípios.
Os deputados também têm discutido renovação dos indicados para cargos em órgãos federais, caso do Incra. Fagundes, que coordena a bancada até 2012, se reúne com o governador Silval Barbosa (PMDB) na próxima semana. Na pauta do encontro estarão questões como apoio do Estado para pleitos de municípios e ainda as emendas parlamentares. Apesar do esforço da bancada e de Silval, o governo federal tem mantido posição dura sobre liberação de recursos via emendas. Mato Grosso teve estimado para este ano cerca de R$ 400 milhões em emendas de bancada e individuais, mas a sinalização é de corte em praticamente todo o montante. O parlamentar disse que são fortes as esperanças de que a presidente Dilma Rousseff (PT) possa se sensibilizar. O Estado apoia a bancada.