A abertura de uma auditoria para verificar o motivo do pagamento de “super salários” a alguns servidores públicos do estado, determinada anteontem pelo governador Mauro Mendes (DEM), foi motivada pela descoberta de funcionários de nível fundamental e média que recebem vencimentos entre R$ 13 mil e R$ 17 mil em alguns órgãos do governo e outros com salários acima da média praticada pelo mercado.
“Tem um funcionário da Empaer, que é motorista de golzinho, ganhando R$ 15 mil. Encontramos pessoas de serviços gerais, que servem cafezinho, ganhando R$ 13,2 mil, técnico de nível médio ganhando R$ 17 mil. No mercado, este último ganha de R$ 3 mil a R$ 4 mil. Esta é a realidade que temos. Nossos professores têm o segundo melhor salário do Brasil, e está correto pagar bem, mas precisamos ter a condição para fazer isto”, afirmou Mauro Mendes em entrevista a uma emissora de tv.
Reiteradamente, o governador vem reclamando das condições financeiras do Estado e tem falado, principalmente, em cortar gastos e aumentar receita para buscar o equilíbrio das contas. No setor público, ele pensa em extinguir seis autarquias e cortar 3 mil cargos comissionados, além de ter reduzido de 24 para 15 o número de secretarias de Estado.
Como medida, Mendes, que se elegeu prometendo pagar os salários dentro do mês trabalhado, já anunciou o escalonamento no pagamento dos vencimentos dos servidores estaduais, mantendo a prática do ex-governador Pedro Taques (PSDB). O Fórum Sindical já se reuniu com alguns deputados e promete reagir com greve às ações do governo.