O ex-secretário de Estado de Fazenda e atual secretário-chefe da Casa Civil, Éder de Moraes, foi isentado pelo Auditoria Geral do Estado (AGE) e Procuradoria Geral do Estado (PGE) de ter qualquer participação no caso das denúncias de suposto superfaturamento do programa "Mato Grosso 100% Equipado". A "blindagem" ao secretário foi necessária devido as manifestações favoráveis e contrárias a sua permanência no governo do Estado que aconteceram durante o dia de hoje.
De acordo com informações do Diário de Cuiabá, durante reunião dos secretários do Executivo estadual, realizada na tarde de ontem, no Palácio Paiaguás, o auditor-geral do Estado, José Alves Pereira, expôs informações que apontariam a lisura de Éder diante de todo o escândalo da aquisição dos maquinários pelo governo do Estado. Segundo o auditor-geral, os documentos comprovaram que a participação de Éder nos procedimentos ficou restrita à sua colaboração para a elaboração da operação de crédito.
Pereira afirma, em seu relatório, que há base para afirmar que os procedimentos licitatórios foram de responsabilidade apenas das Secretarias de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e de Administração (SAD), então sob a gestão dos secretários Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto, respectivamente. Ambos foram exonerados recentemente devido ao episódio, que aponta para um possível superfaturamente de cerca de R$ 36 milhões na compra dos equipamentos.