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Audiência discute construção de barragem hidrelétrica de R$ 1,5 bilhão em Colíder

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A audiência para a apresenta o estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental – EIA-RIMA, da AHE (barragens para aproveitamento hidrelétrico) em Colider, ontem, serviu para detalhar o projeto desta importante obra que beneficiará o município e a região. Está orçada em um investimento de R$ 1,5 bilhão. A promotora de justiça Helem Uliam Kurik presidiu a audiência com a participação do prefeito Celso Banazeski, do secretário adjunto de Estado do Meio Ambiente Salatiel Alves Araújo, o representantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA Dailor Romio, o representante da Eletronorte, Antonio Coinbra, o prefeito de Itaúba, Raimundo Zanon e o deputado Nilson Santos. A população de Colíder lotou o auditório e participou da audiência com várias perguntas dirigidas aos engenheiros e autoridades presentes.

A promotora Helem Ulian Kurik salientou que a audiência tem por finalidade expor aos cidadãos de Colíder os estudo de Impacto ambiental do empreendimento, dirimir dúvidas e recolher dos presentes criticas e sugestões. O prefeito Celso Banazeski salientou a importância do empreendimento para o município, destacando que onde estes se instalam, trazem desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida da população.

Marlon Rogério Rocha apresentou os aspectos gerais da elaboração do EIA/RIMA, estudo de alternativas, justificativa e caracterização do empreendimento, definição de áreas de influência, diagnósticos sócio-ambientais, identificação dos impactos ambientais potenciais, proposição de medidas de controle, mitigação e compensação, terminando com a avaliação ambiental dos impactos resultantes.

De acordo com Rocha, os impactos previstos na implantação e operação do AHE Colíder são inerentes ao tipo e ao porte do empreendimento, sendo ainda compensáveis ou passíveis de monitoramento. O empreendimento é viável do ponto de vista ambiental, desde que atendidas às recomendações apresentadas. O EIA/RIMA será analisado pela Sema, após as audiência, se aprovado dependerá ainda da validação do Consema e da Assembléia Legislativa de Mato Grosso. O leilão está previsto para ocorrer em dezembro.

A usina operará a fio d”água, desta forma toda água que chega também sairá, fazendo o mínimo de reservatório para um aproveitamento energético considerável cerca de 300 MW. Foi apresentada uma maquete da usina com o vertedouro, casa de força e a escada de peixe. A área a ser inundada em Colíder é de 16,20kmé de 16,20km². Em Nova Canaã, será de 22,90km², em Cláudia 1,10km² e em Itaúba, 103,30km². A estimativa de prazo para construção é de 42 meses. O empreendimento deve gerar 2,7 mil empregos diretos.

Sobre os royalties que os municípios vão receber, Itaúba será o maior beneficiado, por ter uma área inundada maior, com cerca de R$3,8 milhões ao ano. Colíder deverá receber cerca de R$552 mil, Nova Canaã R$781 mil e Cláudia R$37 mil.

Mais informações sobre a hidrelétrica:
Sobre as áreas de inundação por município: Nova Canaã do Norte – 22,90 Km², Colider – 16,20 Km², Itaúba – 103,30 Km² e Cláudia – 1,10 Km². Área de Abrangência Regional (AAR): – Bacia hidrográfica do rio Teles Pires para os meios físico e biótico. Território dos municípios de Nova Canaã do Norte, Itaúba, Colíder, Cláudia e Sinop – 9.488,18 km2. Área de Influência Direta (AID): – área de 596,1 km², áreas diretamente afetadas acrescidas de 1.000 metros, trecho de 10 km a jusante do eixo.

A área é composta de 54 fazendas, 5 ranchos, 15 lotes que compõem a localidade denominada “Fofoca”, 11 ilhas fluviais. Propriedades afetadas em Cláudia: Fazenda Guarantã II, Fazenda Recreio I, Fazenda São Benedito e Fazenda Santa Paula. Sítios arqueológicos: 6 sítios identificados.

Impactos ambientais potenciais -Alterações na qualidade da água durante as obras; assoreamento durante a fase construtiva; rebaixamento do lençol freático em decorrência das obras; elevação do nível do lençol freático após a formação do reservatório, redução da cobertura vegetal nativa; alteração da estrutura da vegetação florestal em decorrência da elevação do lençol freático, entre outros.

Impactos sobre a fauna aquática e demais organismos: redução da qualidade do habitat durante as obras; aprisionamento de peixes nas áreas ensecadas; alterações nas populações de peixes no Rio Teles Pires na fase de operação, entre outros.

Impactos Dinâmica Demográfica e Condições de Vida da População: Geração de empregos diretos e indiretos durante a construção; Geração de empregos diretos e indiretos durante a operação; Aumento da massa salarial durante a construção e a operação; Atração de fluxos migratórios durante a construção; Saldos migratórios negativos ao final da fase de construção, entre outros.

 

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