A audiência em que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) prometia confessar seus crimes cometidos no âmbito da operação Sodoma, que apura fraude de R$ 15 milhões na desapropriação do bairro Jardim Liberdade, ocorrida no último ano de seu governo, em 2014, foi novamente adiada. Primeiramente, estava prevista para ocorrer nesta terça-feira (16) e passou para a quinta-feira (18). Agora, ficou para o dia 5 de junho.
Isso porque a juíza titular da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, está de licença médica e o substituto legal dela, juiz Jurandir Florêncio, se declarou impedido pelo fato de ser irmão do advogado Hugo Florêncio, que defende justamente o réu que seria ouvido hoje, Afonso Dalberto, ex-presidente do Intermat, que também é delator na ação.
Os assessores judiciais ainda tentaram encontrar outro magistrado que pudesse presidir a audiência. O juiz Geraldo Fidelis, titular da Vara de Execução Penal, substituto direto de Jurandir Florêncio, não pôde ir porque está afastado e em regime de exceção. Já o seu substituto, juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues também não pôde cumprir a agenda da 7ª Vara porque cumpre pauta com 35 processos na Vara de Execução Penal, onde ele acumula sozinho todas as ações.
Como o juiz Jurandir Florêncio além de se declarar impedido, também anulou todos os seus atos na ação criminal, a audiência que foi realizada no último dia 5, em que foi ouvido o procurador do Estado Alexandre César, na condição de testemunha arrolada pela defesa de Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, terá que ser refeita.
Por deter prerrogativa de foro por função, o juiz Jorge Tadeu indicou os dias 19, 21 e 23 de junho para que Alexandre César escolha a data em que prefere ser interrogado. As datas são as que constam como disponíveis na pauta de audiências da juíza titular Selma Arruda.
A oitiva do secretário de Meio Ambiente de Cuiabá, Juares Samaniego, que havia sido indeferida pelo Juízo anteriormente, por conta da ausência do mesmo em duas audiências seguidas, será poderá ser novamente intimado a prestar depoimento no dia 19 de junho, às 16h30. O magistrado salientou, contudo, que caso a testemunha novamente deixe de comparecer, não poderá mais ser intimado, conforme deliberado entre a juíza Selma Arruda e o advogado Egydio de Souza Neves, no dia 26 de abril.