O presidente da União Rondonopolitana das Associações de Moradores de Bairros (Uramb), Hélio Luz, começou ontem as articulações para o encaminhamento de um projeto de iniciativa popular à Câmara de Vereadores, onde pede a realização de duas sessões ordinárias por semana e não uma como é atualmente.
Luz explicou que para viabilizar o projeto será preciso conseguir um número mínimo de seis mil assinaturas de eleitores com domicílio eleitoral em Rondonópolis. Ele adianta que o projeto prevê uma sessão na terça-feira, no período noturno, no caso, a partir das 19 horas e a realização de uma segunda sessão às quartas-feiras, a partir das 14 horas, como ocorre atualmente. “Vejo que desta forma será possível o cidadão estar mais presente e acompanhar de perto o que fazem os vereadores”.
O líder comunitário afirmou que a ideia do projeto surgiu diante da necessidade de maior agilidade das ações da Câmara. “Às vezes tem um projeto que precisa de duas votações e acaba ficando para outra semana, e com duas sessões na mesma semana isso iria ocorrer de forma mais ágil”, disse.
No começo deste ano, o vereador Adonias Fernandes (PMDB) chegou a apresentar um projeto pedindo duas sessões semanais. A proposta de Adonias, no entanto, não avançou na Casa.
O parlamentar, por outro lado, adiantou que não teve nenhuma participação no projeto de iniciativa popular da Uramb. “Eu mesmo estou sendo pego de surpresa com isso”, disse.
O projeto, no entanto, somente deve ser entregue à mesa diretora da Câmara após conseguir o número mínimo de assinaturas e depois disso será analisado pelos parlamentares.
O projeto de iniciativa popular, caso seja concretizado, seria o primeiro da história do Legislativo de Rondonópolis. “Eu, particularmente, não tenho conhecimento de outro projeto deste tipo”, disse Luz.
O vereador João Gomes (PR) afirmou ontem que é contra a proposta de duas sessões, pois entende que vai aumentar os custos do Legislativo. “Não vejo necessidade e quando é preciso mais agilidade para aprovar algum projeto, basta convocar uma sessão extraordinária que, no fim das contas, resolve a questão e não tem custo algum”, justifica.
O republicano explicou que essa questão do número de sessões cabe à esfera administrativa da Câmara. “Acho que o Hélio [Hélio Luz] tem neste momento que cuidar das coisas da Uramb”, completou.