Amigos mais próximos do ex-governador Dante de Oliveira declararam estar com um sentimento de revolta ontem, devido as últimas acusações pelas quais Dante passou. “Foi uma série de injustiças contra Dante, sem ter a oportunidade de fazer com que a população tivesse todas as informações sobre seu perfil”, desabafou o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos.
O governo Blairo Maggi acusou Dante de ter deixado um grande rombo quando saiu do governo em 2002 para disputar uma vaga ao Senado, eleição que acabou derrotado. A tal “caixa-preta” que tanto se falou nunca apareceu.
O ex-governador guardava duas grandes mágoas, segundo seu assessor Aparecido Alves: a primeira, pela história da caixa-preta e a segunda pela ação da Polícia Federal. “O que ele mais sentia profundamente foi Blairo (governador Blairo Maggi) ter criado esta história falsa de caixa-preta. Nada foi constatado. E a outra mágoa era da ação da Polícia Federal que com a Justiça Federal tentou desestabilizar a eleição de Wilson Santos para prefeito de Cuiabá”, relatou, para A Gazeta. “Ele morre sem provar sua inocência”, acrescentou.
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Dante teve sua casa invadida pela Polícia Federal, em busca de documentos de um empréstimo feito pelo comitê estadual do PSDB, em 2002. O delegado responsável pelo processo, Eliomar da Silva Pereira, afirmou recentemente que as apurações estão na reta final e que todos os indícios são mesmo de que a operação foi regular. “Dante morreu, em grande parte, por causa da política”, ressaltou o ex-secretário de Cultura, Jurandir de Lima ao jornal A Gazeta.