A Assembleia Legislativa vai agendar nova data para discutir a situação dos assentamentos em Mato Grosso. A iniciativa é do deputado Ezequiel Fonseca (PP) e estava marcada para hoje. Contudo, diante da complexidade do problema de reforma agrária que abrange o país, o evento deverá ter a participação de integrantes da bancada federal. O deputado federal Nilson Leitão apresentou um requerimento convocando as autoridades, mas ainda não foi aprovado.
“Vamos marcar nova data para que todos tenham a oportunidade de participar”, explicou Ezequiel Fonseca, ao defender que o debate aconteça em Cuiabá, já que vai tratar de um problema generalizado. Sobre a reunião ontem em Brasília, que discutiu o tema, Ezequiel disse que ficou clara a preocupação dos parlamentares sobre a Operação Terra Prometida. Também disse que o ministro da Agricultura, Nery Geller, citado na operação, demonstrou tranquilidade ao se defender.
O anúncio foi feito durante a sessão desta quinta-feira (04). Na oportunidade, o presidente José Riva (PSD) chegou a sugerir que o evento seja realizado em Itanhangá, município onde a Polícia Federal deflagrou a operação Terra Prometida para investigar possíveis fraudes na distribuição de lotes dos assentamentos.
Riva disse que é importante a participação de produtores e membros da PF, do Ministério Público e do Incra para verificar como ocorreram as ocupações. Para Riva, é necessário que o Incra explique por que tanta morosidade na legalização dos assentamentos. É o caso de Itanhangá que vai completar 20 anos e ainda sofre com falta de infraestrutura e políticas públicas mais eficientes para melhorar a situação das famílias assentadas.
“Seria uma oportunidade para a imprensa estar lá e ouvir os moradores. Temos que ouvir a verdade de quem mora lá e investiu na terra”, ressaltou Riva.