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Assembleia revoga emenda e indicará conselheiro ao TCE Mato Grosso

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A Assembleia Legislativa aprovou, hoje, em segunda votação, com 18 votos favoráveis, a revogação da emenda constitucional 61/2011 que acrescentou requisito temporal específico destinado somente aos representantes dos auditores e membros do Ministério Público de Contas (MPC) para assumir em definitivo uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A emenda foi considerada inconstitucional em caráter liminar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2014. A decisão foi dada pelo ministro Ricardo Lewandowski e atendeu pedido da Associação dos Auditores dos Tribunais de Contas (Aatricon), autora de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

Por conta disso, a Assembleia ficou impedida de indicar o substituto do ex- conselheiro do TCE aberta em decorrência da renúncia de Humberto Bosaipo em novembro de 2014. A revogação da emenda constitucional foi uma saída jurídica encontrada para acelerar o debate e assim o Legislativo retomar o seu poder de indicação da vaga ao tribunal, dispensando assim a necessidade de julgamento de mérito da liminar pela Suprema Corte.

Atualmente, três deputados estaduais admitem publicamente o interesse em assumir a vaga de conselheiro do TCE por indicação da Assembleia Legislativa. Trata-se de Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD) e Sebastião Rezende (PSC).

Nos últimos dias, o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) também manifestou interesse, em uma articulação que envolve até a possibilidade do secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, tornar-se conselheiro do TCE em um eventual pedido de aposentadoria de Sérgio Ricardo, afastado do cargo de conselheiro por imposição da Justiça.

Nos próximos dias, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB) deve divulgar uma resolução apontando os critérios para definir os trâmites à habilitação dos indicados ao cargo de conselheiro.

"O interessado vai ter um prazo para se candidatar a vaga. Vamos discutir e, então, definir quem será o indicado. A lei não fala que tem que ser um deputado, fala em indicação da Assembleia”, destacou.

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