A presidente interina da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Janaína Riva (MDB), disse que precisa de auxílio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para analisar o plano de ação entregue pela diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá ao parlamento e ao próprio TCE. Na avaliação da deputada, há necessidade de avaliação criteriosa nos anexos apresentados.
“A Assembleia vai ao Tribunal de Contas pedir uma auditoria no plano que foi apresentado para a retomada da Santa Casa porque nós julgamos que da forma que está ali não é discricionário, então uma auditoria do Tribunal de Contas vai auxiliar muito em cima dos documentos que eles trouxeram, principalmente dos anexos, que são extensos”, declarou.
Apesar da necessidade, a deputada queixou-se da dificuldade que teve ontem para entrar em contato com o tribunal, que não a atendeu para apresentação do requerimento. A parlamentar reclamou na tribuna da Assembleia e nas redes sociais, mas não confirmou se vai insistir no pedido.
Na terça-feira, o governador Mauro Mendes (DEM) determinou que Figueiredo elabore um plano de ação para a reabertura da Santa Casa justificando que “nenhuma solução foi apontada, seja pela administração daquele hospital filantrópico, seja pela prefeitura de Cuiabá”. A proposta deve ser entregue até o final de semana.
Esta semana, quando esteve em Cuiabá lançando campanha de vacinação, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, endureceu o tom da conversa durante reunião na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso expondo que liberação dos recursos é “coisa séria”, que “em meu ministério não se faz brincadeira” e reforçou acrescentando que se a situação fosse tão urgente, os documentos necessários para a ajuda federal já deveriam estar prontos. Mandetta disse que seu tempo já tinha acabado e que precisava estar em Brasília, se levantou e saiu da reunião visivelmente irritado, sem cumprimentar ninguém, depois de ser questionado sobre a demora do repasse.
A Santa Casa está fechada desde 11 de março com dívidas e atraso de 6 meses no pagamento dos salários servidores. Centenas de pacientes foram transferidos para outros hospitais. As dívidas passariam de R$ 100 milhões.
